Maybe

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

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Enfim, volto meio tardio
Talvez pela falta do que fazer
Talvez por interesse
Talvez por algo inexplicável...
Talvez as margaridas amem as romãs
Talvez o sol perdure à noite
Talvez os carbonos se liguem
Talvez seu coração esteja pesado
Talvez ele esteja ocupado
Talvez minha vida seja chata
Taçlvez seu julgamento esteja errado
Talvez eu não tenha o que dizer
Talvez você não saiba como ler
Talvez o mundo fique em paz
E as pessoas se amem e se respeitem, talvez...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

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Alguns videos cômicos que eu peguei na internet e recomendo a todos, são muito engraçados.
PS.:Possuem conteúdo sexual explícito, como : "dar", "cloaca da sereia", "cu", etc...

http://www.youtube.com/watch?v=jBq4je2D0nk&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=jBq4je2D0nk&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=rMvQ-f-13tY

terça-feira, 25 de novembro de 2008

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Me encontro agora numa situação complicada.
Uma linha tênue pode separar a tolerância da intolçerância
Quanto aos meus gestos que, ao meu ver, estão corretos
Ou não têm nada de errado.
Porém eu tenho, e veja que loucura,
Pensar no que uma outra pessoa tem que pensar, a fim de que eu não rompa essa tênue linha!
Mas, meu Deus, não faço nada de errado,
Porque tenho que ficar pensando e cafifando como
Se o errado fosse eu???
EU estou certo e minha vontade é...
Fazer a minha vontade certa.
Mas tem aquela merda daquela linha no meio
Me impedindo.
Até os 18. Depois disso, foda-se a porra da linha.
Admito que sou muitíssimo feliz,
Masa agora quero ser feliz com minhas próprias decisões.

Ausente

terça-feira, 18 de novembro de 2008

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(Toco a corda mi maior)
Vejo o céu, escuro
Profundo
(Toco a Lá)
Um arrepio me sobe as espinhas
Como um vento trsite, ascendente
(Toco a Ré)
Paro e penso nela.
Sua ausência é mais presente
Que um estouro de manada...
(Toco a Sol)
E tão destrutiva quanto
Sua metáfora improvisada
(Toco a Si)
E sua saudade me dói no fundo do peito
Vasculho em mionha casa, à esmo,
Por uma fotografia
(Todo a Mi menor)
Um resquício que seja.
Mas nenhuma lembrança possuo,
Nada sacia, nem pode saciar minha saudade
(Toco todas, vagarosamente, descendo o dedo)
POrque não estás mais aqui
Não está presente, nem em foto.
Só o que resta, ao meu lado,
É sua ausência, mais presente a cada nota.
(Finalizo com um triste mi menor)

Rotineira semana

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

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E tornando a rotineira semanal
Estou aqui de novo
Gritando a quem quiser ouvir,
Gritando a quem nunca ouviu
Gritando a quem nunca percebeu
Gritando a uma pessoa
AO passo, gritando a todas
Gritanbdo, gritando e gritando
Algo que eu não deveria gritar
Algo que deveria ser percebido
Algo que já disse
Mesmo sem dizer
Mas já esqueci.

O Belo

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Se o dia está chato, sem emoção
Não admire uma obra de arte.
Sua beleza, para ser compreendida, precisa de
Atenção, tesão e emoção.
Já se seu dia for feliz, sua mulher tirar
As calças Jeans ou algo do tipo,
Então aventure-se numa arte conteporânea.

Tudo depende daquele que observa e, como disse alguém
:" A beleza está nos olhos do observador."
O artista pôs suas observações, belas, em suas obras.
Cabe a você ter a beleza necessária para não afugentar
A beleza da obra.
Ou a beleza da vida.

Linda ruiva

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

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Não que eu seja um tarado sexual ou um pervertido. Longe de mim. Mulheres devem ser respeitadas e devem ter seu espaço também respeitado. Mas há situações na vida das pessoas em que não é possível se conter. Aquela quebradinha de pescoço, uma demora a mais num olhar, que passa a ser mais observador. Claro que no limite do abuso( ou seria do não-abuso. Que seja...).
Fato é que, por volta de uma dessas semanas, eu vi uma das mulheres mais lindas que eu já tive o deleite de observar.
Não, ela não era jovem, devia ter lá seus trinta e poucos, talvez até quase quarenta. Não sou daqueles que tem fetishes com senhoras de idade, mas esta mulher era conservada. Muito até. E não só por isso, ela exaltava uma beleza diferente, atrativa, irresistível.
Andava com classe, mesmo estando dentro de um ônibus. Seu perfume era angelical (cheirava a um banho de rosas vermelhas), seus cabelos, bem tratados e ruivos.
ABro um espaço para outra nota: Mulheres ruivas não são minha preferência. SInceramente prefiro as de tom de pele moreno e cabelos pretos ou castanhos. Mas,como podem ver, toda regra tem sua exceção.
VOltando ao ônibus, a mulher se senta
alguns bancos atrás. Mas asu imagem não saiu ainda da minha retina. Ela está grudada no meu olhar. Pontos à frente, era minha hora, tinha de saltar. Passando por ela ( bem na hora em que seu perfume floral estava no clímax, alegrando e enfeitando todo aquele ônibus), dei uma desculpa pra ouvir sua voz. Dei uma encostada no seu pé.
"Desculpa, moça, perdão."
"Tudo bem, querido."
Agora sim, estava satisfeito. SUa voz não decepcionava. Ela era demais. Saí do ônibus e fiquei observando-a, com aquele mesmo olhar investigativo-não-abusivo. E lá seu foi o ônibus e consigo a linda mulher cujos cabelos ruivos e beleza se destacavam no meio do clichê azul e amarelo daquele ônibus fétido.

Ciclo das bizarrices bucais.

sábado, 8 de novembro de 2008

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E é quando você pára e pensa. Pra que servem essas malditas bolinhas que sempre inflamam. Sinceramente, nada na minha vida até agora mudou por sua existência. Ou nada que eu saiba. Ou algo que eu ignore. E é um incômodo dos diabos, quando você bebe a água e ela lhe desce a garganta como um ácido. "Ácido oxigenídrico" outro dia li numa das cadeiras da escola. Fato é: arde. Não tanto quanto minha hipérbole, não menos um beliscão. No meio.
Essas malditas bolinhas inflamam geralmente quando você acorda com a boca seca, pois ficou bem debaixo do ventilador. Arde, arde, arde. Depois passa. Geralmente depois de certo tempo após o café. Daí você pensa:" Ainda bem, estou com minha boca intacta de novo". Réris desavisado. Nunca diga isso. Elas explodem.
Por elas, entendam aftas. Essas também são uma cachoeira inteira no sapato. Isso porque elas não passam. Ficma ali ardendo todo o tempo. A cada golada d'água, a cada mastigada de alimento, a cada passada de língua que você dá. Tudo, absolutamente, arde. O grau da dor agora é mais que uma encostada na panela de feijão (chiando), mas menos que uma punção lombar.
De novo, você pensa que está livre. Vêm aquelças babacas daquelas pelinhas no canto da boca. E só de um lado.O outro fica intacto. Quanto mais você morde, mais piora a situção. Mas é simplesmente irresistível mordê-las. E quanto mais você o faz, mais parece que elas vão chegando perto dos seus dentes. E quando você não aguenta mais apenas sentir um dos lados da sua boca e fica sorrindo igual a um idiota para afastar a macabra pelinha dos seus dentes, e beira a loucura. ELas desaparecem. SUa boca volta ao normal depois de uma noite de sono. Duas, se você mordê-las demias.
E aí sim, sua boca completou o cilco das bizarrices. Agora está intacta. Mas não se preocupe. Normalmente deposi de umas duas ou três semanas, elas surgem novamente. Mas, claro, não resistimos ficar mais de uma semana com a boca intacta.
Puta que pariu! Mordi a porra da língua.

Mundo pelo avesso

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

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Vem o fogo e apaga a água
Vem o a árvore que derruba o vento
Vêm os anões que pisam nos edifícios
E as montanhas que correm,
Contornando os carros que, parados,
Admiram o caos do mundo pelo avesso.

Pedaço de Mim - Chico Buarque e Zizi Possi

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

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"Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus"

Chico Buarque

Soneto da redondilha do amor maior

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Corto uma linha pra cima
E uma n'horizontal
Assim como numa rima
Repito o que outrora fiz

Coração de general
Corta e não corta, um triz
A própria mão, que sustenta:
A mão que prepara o corte

Até que fere, se corta
Se machuca, como nunca
E a ferida dói, difícil

Dói perder você, amor
Dói como se numa queda
No fim. Aí. Quando acaba.

A nós, coadjuvantes

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

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Adagas voam pelos ares,
Potentes, cheias de si.
Balas voam pelos ares
Como tiros de um canhão em miniatura
Apontado para a cidade
Disparando à todo lado,
Apenas para voar.
Tiros voam pelos ares
E cortam meu peito com uma dor lancinante que me tira o ar,
Afoga minha mente num lago escuro, frio e desconhecido.
E as luzes voam dos meus olhos, rumo a outros olhos.
Olhos que possam enxergar o horizonte,
Que se põe, total, irredutível, implacável à dor e ao desconcerto do mundo.
Ser expectador da violência nos mostra sua face cruel
E nos dói o coração como um aperto.
Mas quando essa mesma se aproxima de ti,
E remove de sua face sua máscara
E te transforma de expectador a coadjuvante
Aí, caro amigo(a) você percebe
Que ela é muito pior do que possa parecer
A um expectador, na segurança da platéia.

...Ctrl+V aqui!

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Um Jeito pra te Perder

"Eu quero largar esse vício
Deixar tudo de lado e começar tudo de novo
Quero lembrar de como era bom chegar em casa,
E ver tudo pronto

Quero deixar de ver nos teus olhos esses lamentos
Quero abandonar esse peso que você me fez carregar
E dizer tudo, absolutamente tudo que você não quer ouvir
Porque quem sabe assim você não volte.
Quem sabe você me esqueça...
Ou até, quem sabe você ligue.
Ligue só para que eu tenha o prazer de te dizer não.
Como se fosse possível.

Tenho que entender que vai acabar de qualquer maneira
E que mesmo que tudo conspire contra
E que você insista que possa dar certo
Não vai dar

Eu não quero ser rude assim
Mas você pediu
Não precisávamos disso
Nem de nada que passamos
Mas aconteceu

Agora, eu vou olhar pra frente
E você, vai olhar para trás
Pode ser que lá na frente nos encontramos
E então você mereça outro poema."


Thalita Martins

Histórias preliminares

domingo, 26 de outubro de 2008

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"Olhava para o lado, mas tudo o que via era o mesmo trecho de estrada que passava repetidamente pelos seus olhos: o céu azul, sem nuvens; o campo seco, com pequenos aglomerados de trigo, que sinceramente pareciam descrever uma linha reta; um pequeno rio que corria no sentido contrário ao movimento do carro, sem peixes.
Olho para a frente, a estrada se alonga sobre o capô, como numa esteira rolante. Um ponto fixo no horizonte é meu destino. Apenas isso. Um ponto.
Migrando eu vou em direção a esse ponto. Vez ou outra abro a janela, para sentir a brisa quente, porém intensa que entra pela janela do carro. Provavemente existe uma lei da física que explica exatamente isso, mas prefiro acreditar que é a mão de uma deusa, ou uma ninfa acariciando, mesmo suvemente, ao mesmo tempo com violência, minha face, meu corpo, meus cabelos. Ah, estes... Voam para trás, junto com o rio. Talvez querendo continuar, emso que por alguns instantes a mais, juntos a um ponto do rio. Percebo que não quando páro, e eles descem, assustados, com frio.
Desço do carro, olho para os lados. Nada. Nada além da mesma coisa para ambos os lados. Removo minha blusa, minha saia. COm movimentos amplos ando em direção ao rio, removendo meu soutien , depois, alisando meus seios, removo delicada e vagarosamente minha calcinha. Totalmente nua, sinto por uns instantes aquelas ninfas acariciando agora todo o meu corpo. Todas nós fomos para o riozinho, dmeos um mergulho para nos sentirmos totalmente preenchidas pela água, por todos os lados, como um homem voraz, se deliciando de cada milímetro cúbico de nossos corpos. E aí eu e o conjunto de ninfas que me acompanham deitamos no chão, que incrivelmente não estava quente à sombra de um incrível coqueiro, que mudava toda a paisagem local. Aquele era o ponto..."
-Acabou?
-Agora é sua vez, amor...
-Ok..." Lá ia eu, andando pelos campos, cheios de lírios e flores, uma paisagem como aquelas de Amsterdã que a gente vê na TV..."

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

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Nâo vou parar
Nunca...
E que venham as algemas,
Me livro delas!
Que venham os cárceres,
Arrombo todos com minha
Presença de espírito.
Nunca pararei.
Nem mesmo na trsite presença de minha morte:
Sei que minhas moléculas ainda terão
Sua movimentação, sua vibração que seja!
E na situação putrefa em que um dia,
Que Deus queira distante,
Me encontrarei, serei ainda mais livre
DO que antes, já que minhas moléculas,
Ávidas por movimento,
Sairão de sua condição vibracional
E se verão livres dessa prisão sólida,
A que chamamos corpo:
Fétidas, porém felizes!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

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DIze me que sim
Digo te que não
Dize me amor
Digo te sofridão
Dize me alegria
DIgo te solidão
DIze me festa
Digo te reclusão
Dize me paixão
Digo te...
Digo te nada, ações vale mais
às vezes

domingo, 19 de outubro de 2008

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"
A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.

Então você trabalha 40 anos até ficar novo pra poder aproveitar a
aposentadoria.
Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho no colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando...
e termina tudo com um ótimo orgasmo. Não seria perfeito?"

Charles Chaplin

Achei no perfil da Larissa.
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Sem inspiração...

Então, deixo com um inspirado este post...

RODA VIVA - CHICO BUARQUE
"Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda-moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo (etc.)

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua, a cantar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a viola pra lá
Roda mundo (etc.)

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda-viva
E carrega a saudade pra lá
Roda mundo (etc.)"



1967 © by Editora Musical Arlequim Ltda.

Aqui e agora

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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Acordo com aquela sensação de que dormir não adianta em nada e que o dia será tão ruim quanto o anterior e que no fim deste dormirei, como sempre, e acordarei cansado, exausto, como agora.
Olho para o quarto com aqueles olhos turvos e deturpados. Ponho os óculos, que passam minha visão gradativamete de turva e deteurpada para apenas deturpada.
Ando, na verdade perambulo, até o banheiro. Me esqueço o que vim fazer aqui. Quase urino nas calças. Lembro. Vou até o sanitário e faço as necessidades. Tento iniciar uma pequena trama de pensamentos que seja. Nada. Aperto o b0otão da cafeteira. Ela cai na pia. A recupero ao seu lugar original. Volto (perambulando) para o quarto. Visto as calças. Sento na cama. E, de repente, uma longa e viciante trama de pensamentos sobre o meu dia que vinha surge em minha mente. Começo a refletir sobre o que ocorrerá, penso no que aconteceu e no que pode acontecer. Sentar na cama é muito bom e de repente as costas gritam. Clamam. atraem cada molécula do tecido do colchão até mim. Me deito novamente. Aquele arrepio gostoso sobe pela espinha. Caio no sono. Sei que vou me atrasar, mas que se ferre. Minha mente voltou àquele estado de não conseguir emendar tramas muito longas. O negócio é o aqui e o agora. E nada mais.
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E vai o poeta capenga
De novo receoso
De teclar com os dedos feridos
De pensar com a mente exaurida
De olhar com os olhos marejados
De ver com o pensamento causticado
De refletir sobre as coisas do mundo
Um mundo tão sórdido, tão...mundo.
Enfim retorna e escreve um poema
Um soneto
Uns versos
Uma só palavra
Uma epopéia bem escrita
Uma saga
Um fim
Seu fim
Nada mais.

Rimas insones

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

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Meu corpo chama, minha mente clama
Olho desesperado para ela
Meu corpo chama, minha mente clama,
Não suporto mais continuar
Estou prestes a me render
Inevitável foi tentar
Resistir ao seu poder
Mas não deu
Meu corpo chama, minha mente clama
O que eu quero agora é cama!

COnfissões de um dia (in)comum

terça-feira, 7 de outubro de 2008

| | | 2 conselhos
"Thalita, substitui log de x por y, vai dar numa equação do 2º grau."
"Ok"
E só. Desci um pouco na cadeira. Era acolchoada. Estávamos no auditório. Teoricamente estávamos ensaiando para uma ceninha que o Djalma pediu. POrém Thalita fazia dever de matemática, Philipe tentava conquistar uma garota que toda vez que tentava lembrar do texto ria, a outra ria por conseqüência. Gustavo batucava no palco enlouquecidamente. Eu perdi o tesão pelo ensaio. Agora estava ali, do lado da Thalita, descendo na cadeira. Olhava para o palco e lembrava de algumas coisas. Primeiro o Djalma dizendo que o palco era um espaço sagrado (aquele mesmo espaço sagrado onde o Gustavo batucava, Philipe conquistava e as garotas riam descontroladamente), também das aulas do período passado com Aramis e seus "aya-pa-pás" que divertiam, descontraíam e acordavam o corpo e a boca. AO mesmo tempo lebrava da semana horrenda quew eu teria. aO mesmo tempo lembrava que eu estava ali, mas quase me esquecia. Desvencilhei minha mente daquele lugar para um auditório igual, porém vazio. Vazio à exceção da Thalita, ao meu lado, quieta com seus exercícios.
Eis que, do vazio, surge uma garrafa d'água. Não uma estática, onde Thalita pegaria, e beberia. Era uma outra. Em movimento retilíneo aparentemente uniforme em direção ao nariz da Thalita.
Este merece uma observação. Ele sempre atrai coisas. Desde bolas de handbol até garrafas.
Enfim, em menos de meio segundo no MEU auditório vazio surgiram pessoas no palco e a garrafa continuou. Não deu tempo de interceptá-la. Foi em cheio. Tum.
Thalita cai. Todos saem de suas posições para vê-la. Ela está caída no chão. Philipe desesperdao. Ele chutara a garrafa. Chego perto da Thalita. Seus olhos estão fechados. De súbito ela os abre.
"Puta que pariu detesto meu nariz!" Isso foi o que eu imaginei, mas...
Tum. O banco atrás da Thalita fica marcado com um círculo onde a garrafa atingira. Todos ficam por uns 2 segundos estáticos até Philipe dizer: "Desculpa".
Thalita olha, diz "Cara, se isso pegasse no meu rosto. Ia doer muito sério." Ela ri. Está tudo certo.
Ela está vermelha. Ela Sempre fica assim.
COntinuamos. EU canto uma música do Roupa Nova. Ela conhece. Depois todos vão embora. MEu tesão volta. Então eu e Thalita ensaiamos a tal ceninha.
É isso.

sábado, 4 de outubro de 2008

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E éramos dois: eu e o vento. Ele me batia, ao mesmo tempo que acariciava como uma mulher delicada, me dava arrepios na espinha.
Sob minhas costas, porque estou deitado, apenas pedras frias, agora amornadas por meu calor e pequenas gramínulas que iam-se crescendo naquele pedaço plano de montanha, como crianças que agora eu protegia com meu corpo, esquentava no meu calor.
Sobre minha cabeça, gaivotas voam, descrevendo círculos, oitos e outros desenhos pelo ar. Acompanho com meus olhos seu movimento. Vez ou outra davam um mergulho, o que me fazia olhar para aquele lago mais embaixo.
E o lago, ah o lago. Cheio de água límpida, cheio de peixes, cheio de vida, cheio de natureza. Me bate uma vontade louca, uma vontade insana e perogosamente poderosa de dar um mergulho.
Quero descer a montanha. Dou uma última espriguiçada, respiro o ar puro das montanhas mais uma vez e desço em direção ao lago.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

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Estou subindo aquela montanha alta e íngreme. Olho para o lado, vejo que não estou só. SObem comigo dois: o desânimo e o incentivo.
O desânimo hora ou outra sempre me atentava pelo quanto de montanha ainda faltava. O incentivo não parava de falar pra eu continuar e ver o quanto eu já havia subido. Me neguei a olhar para baixo, mas reconheci que estava bem alto.
Noutrora o desânimo me disse que estava pensando em descer, porque lá em cima era extamente igual, e que o pico era minúsculo, talvez nem coubessem os 3 juntos. O incentivo me disse para eu continuar e que a gratificação de ter conseguido um trabalho árduo valeria muito à pena e que se no topo não coubessem todos, que jogássemos o desânimo para o lado e ficaríamos apenas nós.
E no fim, depois daqueles dois ficarem gritando no meu ouvido, chueguei ao pico.
O incentivo queria jogar o desânimo lá de cima. Eu o impedi.
Tirei uma foto com os dois. Afinal não fosse o desânimo que me batia no meio do caminho, com suas palavras desanimadoras, aquele momento não seria tão gratificante e especial. Cada "um" é válido em toda situação.
Fim.
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Há dias em que estou morto.
Há semanas que estou abatalhoado.
Há anos que estou compromissado.
Há vidas que estou vivo, e nada mais.

domingo, 28 de setembro de 2008

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Olho para o céu escuro da noite, deitado numa rede que agradavelmente cheira a maresia. Olho para os lados, um zum zum zum e vultos de pessoas por todos os lados. Tudo isso me agrada. TUdo me conforta.
Essa casa de praia, no carnaval, sempre fica assim: cheia, porém agradável, comom sempre.
Me levanto com certa dificuldade, ando para o extremo oeste do terraço, desço os 2 laces de escada, em direção à noite fria.
Desço mais um degral, desta vez em direção ao quintal extenso, já que a varanda é suspensa.
Sinto a grama molhada farfalhando por entre os meus dedos descalços, molhando a barra da calça de moletom que uso.
Ando bastante em direção à frente da casa. Porém paro antes disso. Paro entre as árvores. Precisamente entre o limoeiro e o cajuzeiro. Estico uma rede ali. Deito e olho para cima.
Agora, em minha mente, o silêncio do barulho da natureza, reconfortante depois do agradavel barulho da gente.
Um pássaro pouca no abacateiro mais à frente. FIco observando o pássaro, deitado na rede. Até dormir.
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E todo preconceito é infundado,
Já que é um julgamento sem conhecimento,
Sem conceito.
Assim como uma pirâmide não se contrói de ponta cabeça
Não faz sentido julgar
Com uma base ínfima, sem conceito,
Sem conhecimento.

sábado, 27 de setembro de 2008

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E muda já porque não faz sentido
Uma expressão não variar
Segundo minha expressão.
O mundo que eu vejo
Depende de como eu vejo o mundo.
Porque afinal, quem vê o mundo sou eu
E somente eu sei como o mundo é,
Pra mim.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

| | | 0 conselhos
E venho caminhando.
O vento bate em minha face
A chuva lambe meus óculos
Mas não perco o foco.
A rua continua vindo à minha frente
E eu parado.
A rua passa por mim como um devaneio
E eu ando.
Olho para o lado
A barraquinha azul anda pra trás, o homem lá dentro admirando um elástico como se fosse o segredo que assola o universo desde o início dos tempos
E o verso é grande
A distância tamb´[em.
A rua deliza
O vento bate
A chuva lambe
E eu...Parado

Reator

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

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Estava na aula de matemática. Mas meu pensamento voava longe dali, na Europa, num tal reator, o bang do momento. Pensava sobre física quântica, química quântica, elétrons, energia e etc...
Era óbvio que nada iria acontecer: o do buraco negro que porventura viesse a abrir seria da ordem de 10 a -27 metros e evaporaria em menos de 2 segundos. Para fazer um aml ele não poderia evaporar e teria de se chocar com alguns bilhares de hidrogênios ou matéria, ganhar massa até ter um miligrama, e isso demoraria aproximadamente 6 bilhões de anos.
Bom, estávamos todos na escola, aula de matemática, tudo em paz, até um estrondo, uma tremedeira e depois nada mais. TÜdo voltou ao nromal. Todos se olharam por uns instantes, se perguntando como um terremoto abalara o Brasil, ou pelos menos como um tão forte assim. E daí, do nada, o prédio começou a rachar. Simples, rachar, pelas quinas. Reparando bem, o chão e o teto estavam começando a se inclinar, em vias de se encontrar. Sabe-se Deus como, pensei rápido e segurei o professor pelos quaris, enquanto todos me seguravam pelos quaris, todos puxando o professor, de volta para a segurança.
Era uma situação ao mesmo tempo bizarra, engrançada e assustadora: tudo, absolutamente, parecia se encontrar num único ponto no horizonte. Como se nos tivessem posto num cone. Então o desespero. Correr. Mas, pra onde?
Sabíamos do que se tratava, a porcaria daquela meleca daquele reator
que funfou a porcaria toda do mundo.
Ao mesmo tempo que pensava nisso, a sucção para dentro daqule ponto do horizonte estava ficando cada vez maior. As coisas começavam a perigosamente se deslocar em direção ao ponto, se chocando contra nós. Tínhamos que correr muito para escapar daqueles objetos voadores. Mas o buraco-negro acelerava. A cada vez que ele incorporava algo, ele crescia com mais velocidade. Era assustador: corríamos e aquilo continuava atrás de nós. Até as primeiras vítimas.
A primeira foi o professor: tropeçou no chinelo e foi sugado. Seu grito de horror se espalhou pelos corredores. Era angustiante. Não podíamos sentar e chorar a sucção do professor, nem isso podíamos. Tínhamos que correr em direção a um destino que sabíamos não existir. Uma bela hora seríamos sugados pelo buraco. A concepção parece ter caído sobre Thalita, que parou, junto à Renta e Natália, de correr. Simplesmente deixaram-se levar pelo buraco. Não gritaram. aceitaram o fim com tranquilidade. E todos, um a um eram sugados. Só restavam correndo eu e o professor Aramis. Corríamos feito virgens loucos e deseperados no meio de um arém. Corríamos, simplesmente corríamos. Até uma parede. Ficamos encurralados.
E o buraco negro estava bem à nossa frente, e aos poucos, toda minha vistava ficava negra, mas negra de um negro colossal, nada se via. Primeiro foi meu braço e minha perna. Se juntaram num único ponto próximo ao teto. Sentia todas as minhas articulações sendo puxados em direção aquele ponto no teto. Mas não doía, o que era estranho. Era aterrorizante, logo meus gritos foram de pavor, não de dor. E seres estranhos pareciam surgir como fantasmas no meio da realidade, como relances, entre o real e o interior do buraco-negro. Foi tudo muito, muito confuso. Até que pensei. Talvez pela primeira vez até ali:
Aramis está no colégio às terças.
Minha aula de matemática é às quartas, de manhã.
Vá lá, não entendo de física e química quântica, mas sei que isso era muito estranho.
E daí, quando não havia mais nada, quando eu não sentia mais nada, quando eu não via mais nada, quando eu não respirava mais nada, quando eu era penas um pensamento vagando pela escuridão do mundo,
eu acordei.
Preciso parar urgentemente de dormir nas minhas aulas de matemática.

Nobre ou normal?

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

| | | 2 conselhos
Ouro
Crava em meu olhar teu esplendoroso brilho
De metal, o mais nobre.
Alumínio
Mostra tua grandiosidade
Não te deixas abalar por tua tua vulgaridade,
Pois tu és, enfim o mais amplamente usado.
E se compararmos o nobre com o réris comum
Veremos que o nobre só serve para ficar exposto ou em telas,
Mas quem garante à sociedade segurança,
Quem trabalha para manter nossa sociedade
Como sobrevivente, quem nos dá sempre a base,
Enfim, quem trabaklha efetivamente para o bem da sociedade
É ele, o réris normal.

Eaí? Quem você quer ser? Nobre ou normal?
è uma questão.

Feliccitá

| | | 0 conselhos
E é numa dessas poucas loucas que vemos qual é o sentido real e significativo da vida.
Vemos que a vida é muito mais do que simplesmente viver, estudar, trabalhar, curtir a vida.
Viver é algo muito mais complexo. Viver é se questionar, viver é refletir sobre o mundo, sobre a vida, sobre conceitos que acabamos aderindo ao nosso dia-a-dia sem perceber...
Por exemplo, Felicidade.
Que coisa maravilhosa é sorrir não? Não!
Sorri não é bom!
O importante é ser feliz!
O sorriso é um resultado estético que pode ser facilmente reposto como uma máscara por cima da real sensação de felicidade. Em cima de um palco, isso é ótimo. Na vida, só cria uma dessas milhares de cascas que impedem nosso verdadeiro eu de entrar em contato com o mundo externo. Quanto mais verdadeiro, mais exposto. Isso é um risco, e uma benção, pois é somente através disso que podemos, enfim, iniciar outros questionamentos e reflexões mais abrangentes, como, por exemplo, Deus, amor, esperança, tudo!
Masa esses temas ficam para outra reflexão...

Crônicas Quânticas: o pudim, a feiticeira e o ketchup

| | | 8 conselhos

Como sempre...O Ketchup... Trabalho de portuguêsd baseado no jogo Autoria.

Feito por: Mim, Bruna, Diego, Lucas, Vítor e Natalia.(Sem acento, ok??(rsrs)

CRÔNICAS QUÂNTICAS:

O Pudim, a feiticeira e o ketchup

Em um feriado em homenagem a Isaac Newton, estudantes de uma escola secundária de Jersey, Inglaterra, organizaram uma feira de ciências de grandes proporções.

O jovem James - acima do peso, alto e de cabelos ruivos - apreciava uma deliciosa coxinha, próximo ao experimento de Kevin - relativamente mais jovem, magricela, baixo e superdotado - já que lá era o único lugar com cadeiras vagas. Não muito distante dali, visitava um outro experimento, uma senhora obesa, de vestido violeta, com sua filha Elisabeth - magra, baixa, revoltada e de cabelo roxo - e seu cachorro Pudim, que parecia uma bola de pequeno porte.

James colocava ketchup na coxinha e, acidentalmente, deixou cair parte de seu lanche em cima do botão do experimento de Kevin. Na tentativa gulosa de recuperar sua preciosa comida, pressionou um botão. Simultaneamente, um outro experimento pega fogo e faz com que Pudim corra na direção de Kevin, sendo perseguido por Elisabeth. Assim, os três garotos e o cachorro, caem numa distorção do espaço-tempo, resultante do experimento, e surgem no meio de um burgo, feira medieval.

Por um segundo, todos, inclusive os três adolescentes e o Pudim, ficaram estupefatos com a situação. Como era comum à época, toda a ação que fugisse do cotidiano era considerada ato de bruxaria. Os adolescentes e Pudim foram perseguidos por todo o burgo.

Durante a fuga, James, despreparado fisicamente, tropeçou nos próprios pés e foi capturado pela multidão enraivecida. Os outros continuaram correndo, mesmo tendo percebido que o colega ficara para trás.

Elisabeth, Kevin e Pudim, correram até uma ponte de madeira e viram que não estavam mais sendo perseguidos. Ao olharem para frente, se depararam com um descampado com uma torre no meio. Com medo de voltarem a ser perseguidos, abrigaram-se dentro do lugar.

Após um tempo de silêncio, Kevin se manifestou:

− Não se preocupe! Já estou articulando um plano para resgatar o James.

− Primeiro: como você conhece essa criatura? Segundo: “té” parece que eu vou voltar lá para resgatar aquela rolha de poço! − disse Elisabeth.

− Ele é super-conhecido no colégio por roubar o lanche de todo mundo. E, sim, a gente tem que resgatar o James - rebateu Kevin.

− Você quer que eu me sacrifique para salvar aquele ladrãozinho de lanche?

− Ei! Mais cuidado com o que fala! Temos sim que...

Kevin parou no meio da frase. Foi cortado pela aparição de James no meio da sala em que estavam, junto a uma mulher de pele extremamente clara e cabelos negros chamada Iuca.

− Gente! Essa é a Iuca, ela é uma bruxa! E das boas! Temos de ter cuidado! Todos estão vindo para cá, liderados pelo William. William é um cara de cabelo para o alto e branco, parece um gigante. Ele é um caçador de bruxas! Iuca me transportou para cá e está disposta a ajudar a nos levar de volta!

Nesse instante, uma multidão interrompeu James, arrombando a porta da frente da torre, todos seguravam tochas e enxadas. A frente, William gritava: “PEGUEM-NOS!”. Pudim, por seu medo incontrolável de fogo, sai correndo pelos fundos, seguido pelos adolescentes e por Iuca.

Daí Kevin diz:

− Vamos, corram por aquele campo de cianetáceas!

Todos disseram:

− Campo de quê?!

− Cianetáceas!

Não foi Kevin quem respondeu, e sim, Iuca, que continuou:

− Cianetáceas! Preciso de uma delas para levá-los de volta a seu tempo!

Iuca retira rapidamente de seus enormes bolsos vários ingredientes estranhos e junta todos num caldeirão recém-materializado, acrescentando a cianetácea. Surgiu uma lufada de vapor verde em cima do caldeirão, e Iuca ordenou que todos se jogassem ali dentro. Ela, então, faz o mesmo e foge da multidão com seus novos amigos. William, que chegara nesse momento, tenta pular pelo portal, porém o mesmo se fecha em torno de seu corpo, permanecendo, do tronco para cima, na Idade Média. Todos vendo a cena, acusam William de bruxo torturando-o com garfos.

Os, agora amigos, de volta à Inglaterra contemporânea, percebem que Pudim está pulando e mordendo nádegas e pernas que parecem surgir do teto. Ao mesmo tempo, essa metade de corpo começa a desaparecer.

− Nós do passado não podemos viver aqui em seu espaço-tempo. Logo desaparecemos. Obrigada amigos, obrigada por tudo- explicava Iuca que, enquanto falava, desaparecia lentamente como névoa.

Graças à essa experiência, os três adolescentes tornaram-se amigos. Kevin tornou-se menos arrogante, James aprendeu a não roubar lanches alheios e Elisabeth passou a tratar melhor Pudim. Porque, afinal, é graças a ele e sua “pirofobia” que os meninos estavam de volta à segurança de seu tempo

Viuvinha-negra

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

| | | 0 conselhos
Todos a conheciam como Viuvinha. Não a do romance. Uma outra. Autêntica, única.
Sabe onde mora a Julieta?
Que Julieta?
A viúva.
Ah, sim, mora ali na esquina.

Era uma casa bonita e formaoa. Sua residente também o era: alta, morena, pele branca, mas não muito. Seu andar tinha uma cadência ímpar e seus olhos, de um preto penetrante, atraíam até as aves que passavam.
Enfim, Julieta, ou melhor a viuvinha havia chamado seu amigo Carlos para um jantar.
Papo vai, papo vem, e Julieta, usando seus pés, seduziu CArlos para a cama. Carlos, de imeiato, topou e comprovou o que todos diziam. A viuvinha não era somente linda e atraente, mas uma fera selvagem, indomável e incansável na cama.
Fato é que, depois da exaustão, Carlos dormiu, para nunca mais acordar.
A viuvinha (negra), na clada da noite, pegou uma faca, olhou bem fixamente para CArlos e cravou-lha na jugular.
Depois, cortou um pouco sua própria barriga e saiu gritando pelas ruas:
"Perseguição...Carlos...Não!!!!!!!!!!!"
E assim a viuvinha era mais uma vez, salva pela arte da interpretação, e estaria, dentro alguns dias, recuperada das cicatrizes, pronta pra uma nova inocente vítima. Nova vítima da vuivinha negra.

Sorry

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

| | | 0 conselhos
Fiquei um belo tempo afastado.
Motivo: Mudança. É um caos!
Estava sem computador.
agora tô.

Super-proteção, no que dá?Traição!

| | | 0 conselhos
E vinha D. CArmen andando por aquela rua movimentada e pavimentada, envolta à muita gente e confusão sem limites. Era o centro da cidade.
Àquela época ainda sobriviviam os bondes que cortavam o mundo levando gete de cá pra lá e de lá pra cá de volta. Era num desses em que se encontrava D. Carmen. Voltando para sua casa na rua dos Fidalgos, 47. A descrição de sua casa é dispensável à sucintez desta história, mas digo-lhe com certeza que era vistosa.
D. CArmen, em sua casa vistosa, encontrou-se com sua filha, Carmita, olhando à esmo pela janela. De súbito, correu até dentro de casa, pegou a menina pelo seu rabo-de-cavalo e a puchou para dentro, esbofetando-a e eizendo que menina decente não fica na janela igual a prostituta. Carmita, coitada, não conseguiu se defender dizendo que queria ver a natureza.
Essa era a vida da mãe viúva e da filha.
Carmita, aos vinte e doid dias do mês de abril, levou um moço galante até sua casa. APresentou a mãe como seu namorado, William. Carmen, obviamente, não gostou da situação e não tardou a procurar defeitos no moço.
"Você tem trabalho?""Seria capaz de sustentar meus 5 netos?""Pretende viajar para o exrterioir?"
Tamanha era carga de perguntas que o pobre diabo saía batido ao primiero dia com a sogra. Carmita, claro, ficava em estado de nervos e se trancava ao quarto (ou tentava, pois a mãe tinha a chave-mestra da casa).
Foi assim com o primeiro(este viajaria e "deixaria a pobrezinha sozinha), o segundo(este era assimétrico), o terceiro(este era fanho) e assim sucessivamente.
Após o sexto pretendente, Carmita desistiu, aparentemente. Passou três meses sem enviar à mãe nenhum novo pretendente.
A lasanha está quase pronta é uma pena eu não poder me alongar na história, pois o que aconteceu foi algo fantástico. O clímax da situação aconteceu na sala de estar, teve talheres e louças voando em todas as direções.
Resumidamente: Carmita tinha um namorado secreto, com quem teve um filho. Foi para Inglaterra, onde ficou até sua morte com seu amado, chefe da seção de consultoria de assuntos de guerra do rei.
Carmen morreu atingida por uma prataria de sua casa.
Bip!
A lasanha me espera dentro do microondas...

Indiferentes

terça-feira, 9 de setembro de 2008

| | | 1 conselhos
E o dia cai
Indiferente ao caos do mundo
Indiferente às desgraças
Indiferente à dor das pessoas.

A noite vem, soberana e total,
Indiferente à tudo e a todos.
Invencível, inabalável, grandiosa.

O amor,
Esse grão indiferente.
Indiferente à dor,
Indiferente à distância
Indiferente à classe, credo, cultura
Indiferente.

O dia, a noite o amor. Dois grandes.
Um minúsculo, se comparado à eles.
Mas esse minúsculo próton
Pode, fácil,
Migrar a alegria do dia
E tornar as noites calorosas
E cheias de vida, paixão.

Volta pra mim_Roupa Nova

sábado, 6 de setembro de 2008

| | | 0 conselhos
Amanheci sozinho
Na cama um vazio
Meu coração que se foi
Sem dizer se voltava depois
Sofrimento meu não vou agüentar
Se a mulher que eu nasci pra viver
Não me quer mais
Sempre depois das brigas
Nós nos amamos muito
Dia e noite a sós
O universo era pouco pra nós
O que aconteceu
Pra você partir assim
Se te fiz algo errado, perdão!
Volta pra mim
Essa paixão é meu mundo
Um sentimento profundo
Sonho acordado um segundo
Que você vai ligar
O telefone que toca
Eu digo alô sem resposta
Mas não desliga escuta
O que eu vou te falar
Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir
Ter você é meu desejo de viver
Sou menino e teu amor é que me faz crescer
E me entrego corpo e alma pra você.

(

(Cleberson Horsth - Ricardo Feghali)

...

| | | 0 conselhos
Ah e sei que vamos nos amar.
Vamos tornar a dietar naquela colina, como daquela outra vez. Vamo seguir aquela estradinha de terra, ao cair da noite. Aquela brisa gostosa batendo no nosso rosto incessantemente. E nós lá. Os únicos seres naquela estradinha ladeada de gramados baixos. E flores. Muitas de variados tipos: girassóis, lírios do campo, margaridas e rosas.
E vamos nos beijar, e vamos nos deitar naquele gramado. Nada à vista. Sò o gramado. Um vasto e lindo gramado. E vamos deitar. E vamos olhar as estrelas. E vamos contá-las. Meu braço sob seu pescoço. Você me abraçando. E nós lá. Nenhuma conversa é necessária. O momento é autosuficiente.
E a brisa moverá perfeitamente a grama. E perderemos a noção de lugar. Mas nada importa. O que importa é que nos amamos. O resto é adereço.
Um lindo adereço.
E vamos continuar naquela, durante anoite inteirinha. E vmaos acordar na aurora. E vamos ver todo aquele cenário.
Sob nossos corpos o gramado. Sobre nossas cabeças o róseo céu em aurora. E nada ao nosso lado. Apenas você e eu. Nada mais.
E só.

Dessas coincidências

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

| | | 0 conselhos
E ele já saiu envolto àquela aura de agitação, logo pela manhã, na pensão Manhatan. Sò por observação, Manhatan é uma pensão aqui no Brasil, que não tem absolutamente nada a ver com a cidade de Manhatan (se é assim que se escreve), do contrário: o almoço é buchada de bode.
Mas, retomando o rumo da prosa, estava ele lá naquela zum zum zum logo pela manhã. Seus 2 companheiros de quarto também não faziam a mínima idéia do que ocorrera. A resposta era simples: uma enorme barata voadora, na cozinha.
"Ora, deixa ela comer, que ela via embora" sugeriu uma das moças.
Ele, obviamente rindo-se da situação, sacou-se da vassoura que tinha em seu quarto, desceu as escadas e, num gesto rápido porém nada heróico ou colossal, matou a pobre barata.
De todas as mulheres, a mais eriaçada era, claro, Julieta. Menina com seus 20 e tantos anos, pulou nos braços do homem e tacou-lhe um beijo. O resto, você sjá sabem, né? Beijos, beijos, nudez, cama, sexo, gritos, gemidos e cama, pra dormir.
Eis que no dia seguinte, no metrô, seis horas da manhã, na linha 2, estação de Maria da Graça, sonolento, ele encontra Julieta com um rapaz alto, forte e tendências obesas.
Ela, do outro canto do metrô,
grita: " Ei, FULANO, pô, você é muito bom ein! Amei nossa transa ontem. (Vira-se para o homem) Amor ele é ótimo na cama, simplesmente demais! Estou toda arrasada!"
Pasmo, branco, aônito, confuso, irritado, tremendo de medo, o tal fulano olha para o homem enorme.
Este olha para o fulano e, supreendentemente, sorri e diz:
"Ela é boa né? Muito gostosa, eu adoro com.."O resto da frase se perdeu. O fulano saiu correndo em triagem. Não sabia mentir: fora a pior transa da sua vida!

Hoje não dá

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

| | | 0 conselhos
Hoje meus olhos viram e minha cabeça reluta, porém vira, muito melhor que meu cérebro que se move lentamente, na direção do movimento, porém lentamente...
Hoje estou grog, hoje estou mal, hoje parece que fumei um cianeto confundindo com amêndoas doces, mas já tomei uma novalgina, o mundo agora parou com aquela besteira slow-motion e de sempre gritar justop quando minha cabeça racha em dor.
Mas o mundo ainda está enfurnado nessa de capitalismo e globaliação, e diz isso como se o mundo fosse perfeito, sem atrito, resistência do ar e o caramba!
E por isso, meu caro amigo, eu deveria lutar, levantar bandeiras e começar uma guerra contra os EUA e sua pseudo-globalização que nada mais faz do que marginalizar uma sociedade que não está preparada para tantos saltos tecnológicos, essa merda de sociedade que só quer saber de dinheiro e se auto-destrói e pior: destrói a todos nós com esses tais anidridos e essas tais máquinas, todos me prol dessa tal globalização que eu particularmente ainda não conheci. Até perdi o rumo da rposa. AH, sim. Eu deveria lutyar, içar bandeiras e começar uma guerra, mas hoje não dá.
Tô com uma dor-de-cabeça, um mal estar, um nariz tampado e um desânimo...Deixa pra depois...

Banho de bacia

domingo, 31 de agosto de 2008

| | | 1 conselhos
No meio do quarto a piscina móvel
tem o tamanho do corpo sentado.
Água tá pelando! mas quem ouve o grito
deste menino condenado ao banho?
Grite à vontade.

Se não toma banho não vai passear.
E quem toma banho em clada de inferno?
Mentira dele, a água tá morninha,
Só meia chaleira, o resto é da bica.

Arrisco um pé, outro pé depois.
Vapor vaporeja no quarto fechado
ou no meu protesto.
A água se abre à faca do corpo
e pula, se entorna em ondas domésticas.

Em posição de Buda me ensabôo,
resignado me contemplo.
O mundo é estreito. Uma prisão de água
envolve o ser, uma prisão redonda.
Então me faço prisioneiro livre.

Livre de estar preso. Que ninguém me solte
deste círculo de água, na distância
de tudo o mais. O quarto. o Banho. O só.
O morno. O ensaboado. O toda-vida.

Podem reclamar,
Podem arrombar
a porta. Não me entrego
ao dia e seu dever.
Andrade, Carlos Drummont de. A senha do mundo.
Rio de Janeiro, Record, 1997.p.18-9

Mau-hálito

| | | 0 conselhos
E lá estava ele, mais uma vez, com aquele estranho gosto na boca.
Já havia ido em mais de 15 dentistas, e todos diziam a mesma coisa: mau-hálito.
Achou incrível que alguém estudasse mais de quatro anos para repetir diariamente: "Mau-hálito,escove os dentes.". E ficou imaginando aulas sobre dizer que a pessoa está com mau-hálito, ou aulas de como dispensar a pessoa do consultório em menos tempo.
Fato é que, do nada, pelo que pareceu a ele, estava o médico gritando seu nome enlouquecidamente. Ele estava num consultório médico, desesperado com aquele gosto que afastava as mulheres, os empregos e tudo que necessitava uma aparência apresentável.
Para sua instantânea surpresa, o médico não disse :"Mau-hálito, escove os dentes"(Ele deve ter faltado nesse período, pensou). O médico passou o que parecia uma bíblia, mas eram os pedidos de exames. Disse que poderia ser algo muito, mas muito grave, provavelmente no fígado.
Obviamente, ele correu para o primeiro dos exames. Estava deitado, nu na cama, e veio uma mulher com uma seringa, dizendo que enfiaria aquela seringa, que ele não sentiria quase nada.
Mas quando a moça enfiou aquele troço que parecia ser o pênis de um cavalo na veia do seu pescoço, ele soltou um berro assustadoramente alto e se contorceu de dor, atado, à cama.
A conclusão é que, depois que saiu do exame, com uma atadura enorme no pescoço, ele foi ao banheiro, jogou todos os pedidos na privada, e, enfim, escovou os dentes, pela primeira vez na vida.
| | | 0 conselhos
Seguindo a deixa de Murilo,
Aquele mesmo, o Mendes
Eu digo que o mundo janeira dia 1,
Que o carnaval fevereira em diferentes dias.
Ah, as árvores...Essas só querem saber de marçar
E sempre dia 21.
Que as mães maiam em dias incertos,
Assim como os pais agostam diferente a cada ano.
Minha dia gosta de setembrar,
Já meu amigo gosta de novembrar, e vai o mundo entender
A mentalidade humana.
E como que ironia,
O dezembro, lindo e saudoso,
Nos mostra que nem sempre o fim é, efetivamente o fim,
Fazendo com que, no dia 31,por volta de meia noite,
tudo janeire outra vez!

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Para futuras referências, Murilo Mendes escreveu o poeminha Datas, que segue abaixo:
Os magos janeiram dia 6
Os peixes abrilam dia 1
A virgem setembra dia 8
Os mortos novembram dia 2.
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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

| | | 2 conselhos
E agora direi,
Direto, sem rodeios, sem festival...
Porque na mulher só pulsa o coração,
E no homem só pulsa o pau?????

Heterocromatina

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

| | | 0 conselhos
Essa vai diretamente à Thalita.
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E ele chegou, estava tudo meio escuro...Agradável, de todo.
E quando toda aquela escuridão se apossou de seus sentidos, de seu corpo por um todo,
Ele acordou. Foi escovar os dentes, tomar café e tchau. Só isso. Apenas.

Mudanças

| | | 0 conselhos
O medo de mudar é uma coisa muito estranha...
E digo coisa, quebrando as normas, evitando transparecer
O meu íntimo pavor das mudanças.
Não de mudanças em si,
Mas a mutação, como o processo.
Mudar, à mim, parece fácil.
A parte que torna o 'mutando' complicado
É a própria essência 'mutando', o processo da mutabilidade.
Aceitar as mudanças é fácil.
Difícil é mudar, em si.
O processo inteirinho é complicado:
Início:
A dificuldade de dizer: "Ok, vamos mudar as coisas"
Propor a mudança, não-acomodação humana à situação

Meio:
Adaptação às mudanças obtidas
Adaptação ao estar mudando

Fim:
Reacostumar-se com a mudança
Encarar o resultado da mudança como nova rotina
E tentar começar tudo outra vez...

Se a ti pareceu um relatório, algo formal assim, preciso mudar. Urgente. E você também.

Primeiros passos

domingo, 24 de agosto de 2008

| | | 0 conselhos
Estava sem absolutamente nada pra dizer...
Daí...Resolvi dar lugar à sabedoria mais inocente e pura e linda possível...A infantil...

Então..COm a palavra...Mariane...

ujyhbiq                                uyyndcccccccccccccccccccccccimmmmmmmmmmmmmmv fgggggggggggggggggggggggggggggggggggggmmmmmmmmmmmmmmy7- hnujmmmhhhhhyfvbyg                  reewweqewqqrtgfetfgzx

Tristezas em geral(Especialmente ao coringa do baralho)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

| | | 1 conselhos
E sempre vinha ele, com aquele topetinho para o alto, que mais parecia uma crista de um galo, potente, eriçado, alegre, enérgico.
E num dia quente de inverno aquele mesmo galo, ora potente, enérgico e altivo, vinha com sua crista arriada, broxa e descontente.
Pergunto-lhe se está tudo bem.
Ele diz, na verdade mente:"TUdo bem."
E mesmo sabendo que está tudo péssimo, tento alegrar, ao menos distrair, mas nada contece.
O gao não levanta de jeito maneira.
Eis que surge, sabe Deus como, sabe Deus de onde e sabe Deus por que, uma linda menina, baixinha, com seu vestidinho rosa balançante, seu olharzinho infantil, seu sorriso angelical e desdentado, e, sempre emanando aquela aura de lírios do campo, entrega um botão de rosas ao pobre homem-galinho, dá-lhe um abraço e sai correndo.
E toda aquela inocência e alegria contagiantes parecem ter surtido um efeito energizante naquele galinho, que tornou a ser altivo, vivaz e, o mais importante, de cristas eriçadas, dizendo:
"De que vale ser triste, se o máximo que fazemos é perder tempo de vida, com alguém ou alguma coisa que só nos causou mal, nos prejudicou? Tropeçar e cair num poço, é normal, mas viver remoendo a dor nos pés e não sair do poço, sempre mais raso do que nos aparenta, é a tremenda burrada humana."
E foi-se, com aquelas cristas vivazes e altivas escadaria acima.
Passe mais tempo com o símbolo maior de inocência que você tem. Ele sempre nos ensina a viver alegremente com mesmo o pouco que temos ou o pouco que podemos fazer.
Pense nisso. Saia da fossa, se puder.

Sexo é prosa...AMor é poesia...E os dois é isso aí...

| | | 0 conselhos
E veio a primeira: Beijou ese foi sem mim
Daí veio uma segunda quem
Beijou, mas com essa eu dei um fim
Veio uma terceira: gritou e gemeu,
Mas não amou...
E não deixou nada em mim...
Mas veio uma quarta...
Essa sim
NOs amamos e ficamos abraçados
Por toda a noite
Que, infelizmente, logo teve fim...

...

domingo, 17 de agosto de 2008

| | | 0 conselhos
E ele já estava enojado de todo aquele burbúrio.
As contas estavam sobre a mesa, lotando-a. O caderno, em mãos. O mesmo para o lápis.
Agora só faltava sua força de vontade para iniciar todas as operações matemáticas complexas que viria a fazer como economista.
E aquela falação continuava, ele já estav subindo pelas paredes.
Desde quatro horas da tarde estava ouvindo aglomerados de grunhidos guturais e um zum-zum-zum ao fundo, que hoje em dia virou um gênero "musical", e estava, agora às nove e quarenta e cinco da noite, explodindo em dor-de-cabeça, estressado por ser economista e não conseguir não fazer todas aquelas malditas contas, com vontade de descer do seu apartamento e esganar, um por um, aqueles moleques que estavam com um carro de som às alturas. Sentiu-se besta. Recorrigiu-se. Aqueles moleques estavam com o som da carro às alturas. Sentiu-se nerd. Preferiu finjir que nunca pensou naquilo.
Foi para o quarto. Pegou o telefone. FOi dormir.
Meia hora depois ouviu o som de uma sirene. Depois gritos. Depois portas de carros e, enfim, o silêncio.
E dormiu.
| | | 0 conselhos
Sempre disse Camões:
"E todo o mundo é composto de mudanças"
As folhas sempre caem no outono,
Os pássaros sempre cantam nossas manhãs
Todos nós
Somos todos iguais
VOcê não é capaz de mudar as coisas,

Há os pessimistas, que só prestam atenção às linhas acima.
Há os otimistas, que percebem que essas linhas não fazem o menor sentido e as completam:

As folhas sempre caem no outono,
Mudando a folhagem das árvores.
Os pássaros sempre cantam nossas manhãs
Em diferentes lugares, ora na varanda, ora no quarto.
Todos nós
Mudamos continuamente, todos os dias, nunca somos os mesmos.
Somos todos iguais
Porém diferentes em cada qualidade
VOcê não é capaz de mudar as coisas,
Mas nós somos.

E há os realistas...Mas esses...Estamos cansados de ouví-los...

Uma casinha no campo

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

| | | 0 conselhos
Só quero uma casinha no campo.
No meio do mato.
Pra viver, respirar, exalar
Natureza

Só quero uma casinha no mato.
Perto de uma floresta.
Respirar o ar recém-formado,
Viver meio isolado
Desse mundo de caos.

Só quero uma casinha.
Um sítio ou fazenda.
Pra viver por uns tempos,
Mudar a rotina;
Quebrar o gelo do meu coração.
E quero viver lá por toda minha vida,
Depois que os 60 baterem à minha porta.

Quero uma casinha na roça.
Pra jamais ficar senil,
Apenas idoso,
E aproveitar tudo que a idade alta
Tem a oferecer
No campo, já que na cidade...
Consideram estorvo os sábios(ao menos experientes) idosos.

Eu quero...
Uma casinha, com animais.
Cavalos, vacas leiteiras;
Uma horta e um pomar.
Quero ter o prazer, tirado de muitos,
De cultivar e ver brotar sua comida,
De cultivar e ver brotar seu eu amanhã, ou daqui a algumas semanas.

Quero uma casinha
Que seja perto de uma cachoeira.
Com uma alta pedreira.
Quero presenciar a água caindo,
Formando aquele lindo véu
Que cai em direção ao chão,
Vindo a se unir num córrego
Que parte rumo ao indefinido,
Como a vida.

Sim, "quero viver em cada vão momento"
Tudo que a natureza tem a oferecer.
Tudo que só quem tem uma casinha no campo
Pode desfrutar:
As maravilhas de conhecer a mãe,
Mãe natureza.

Por isso eu quero...
Ah, eu quero muito, como eu quero
Uma casinha no campo.

Esclarecimentos

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

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Alguns esclarecimentos:
O vídeo da vez é um trecho de um super-filme que eu recomendo a todos e que tenho o prazer de ter em minha casa, Perfume de Mulher, do original, Scent of a Woman, com Al Pacino.
A cena ao lado é a cena em que este dança com uma mulher que ele encontra no restaurante. O garoto é o seu guia. Sim, este é talvez o mais interessante da cena, Al Pacino interpreta um cego.
A música, por sinla também maravilhosa é a música Por una Cabeza, de ninguém menos que Carlos Gardel.
Bom, é isso...
Aproveitem e, se possível, assistam ao filme, pois vale muito a pena...
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E, para descontrair, Suricate!!!!!!!

Botão de rosas

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

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Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac..
Já estava ansioso, não aguentava mais aquela ansiedade...O cômodo era pequenino, apertado, infestado de nicotina dos outros usuários ansiosos que fumavam cigarro na esperança de acalmar os nervos...A situação era tensa...
Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac..
Levantei rápido da cadeira, rápido demais, fiquei tonto, cambaleei pra um lado da sala, e só não bati com força na parede porque duas outras figuras me ampararam antes do impacto iminente...
_Calma, cara!
_Relaxa!
_Ok...Foi mal....
Mas não estava realmente OK...Estava tenso, muito mais d que por toda a minha vida junto...
Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac..
E o primeiro foi chamado...Levantou-se correndo e saiu pela porta...Menos um...Quanto mais eu teria de esperar...
A espera até o presente momento fora longa, mas a espera, minutos antes era tão devastadora que parecia maior que todo o percurso até ali...Duas vezes...
Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac..
Aquele estado de fumante passivo já estava me enervando...Gostaria muito de sair dali, mas não dava...Simplesmente eu não conseguia...Era melhor esperar ali e suportar aquele cheiro irritante de fumaça fumígera e suor fétido...
Sim, todos estavam suando, apesar do ar condicionado aparentemente no máximo, visto o estrondo ressonante que fazia...
Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac..
Maldito relógio...Tentava abstrair-me da situação, dispersar o aglomerado de pensamentos que invadia a minha mente, refletir sobre algo, espairecer...
à medida que tentava focar em algo, outras milhões de coisas surgiam uma atrás da outra e dos lados em minha mente, e aquele maldito relógio estava me enlouquecendo, já que não me permitia sair da situação e viajar para um pseudo-lugar feliz...
Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac..
Não que não estivesse feliz, do contrário...Sentia-se muitíssimo feliz...Acho que era mais algo como uma apreensão...Não...Um medo...Não!Definitivamente estava tudo sob controle...Era como uma ansiedade...Sim...Ansiedade...
Tic-Tac, Tic-Tac, Tic-Tac..
Nem pestanejei...Subi na minha ex-cadeira, peguei o maldito relógio de parede e arremessei-o ao chão, espatifando-o, como se assim espatifasse a ansiedade, a apreensão, o medo e a vontade de fugir...Mas eu definitivamente não queria fugir...Como pude pensar em algo assim...Que espécie de homem sou eu que pensa em fugir??Não! EU não pensei em fugir...Fechei bem os olhos e balancei a cabeça, rearranjando os pensamentos e excluindo essa conversa tóxica de mim comigo mesmo...OU meus pensamentos, como queira...
...
O silêncio era triunfante.
Foi aí que aconteceu...
Quando reabri os olhos, estava lá a enfermeira de pé, chamando por meu nome, com um embrulho entre os braços e algo que parecia um botão de rosa, mas que eu sabia ser o fruto do meu amor com minha esposa. A minha filhinha, minha filha estava lá...Quietinha, olhinhos fechados, mãos apertadas, pele branca como um véu, cabelos, se haviam, era rareados e de um preto tão sutil...
A primeiro momento estaquei no lugar. Por um momento.
Arremessei para longe todo tipo de pensamento negativo e fui carregar em meus braços, aquele lindo botão de rosas, que desabrochou numa linda flor, minha filha, filha minha.

Responsa...Bilidade

terça-feira, 12 de agosto de 2008

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E o mundo é cheio daquelas coisas:
Quando somos crianças, sonhamos em trabalhar, dirigir um carro, ter uma família, ter uma casa, morar sozinho, como se tudo fosse um passe de mágica.
Crescemos um pouco e começamos a pensar em outras coisas: não apenas garotas e sexo, mas aquela responsabilidade. Aquela pesada responsabilidade.
Por volta dos 13 aquele pensamento infantil desilude e começamos a perceber a nua e crua realidade que nos cerca, ou conseqüências, como queiram. Tudo, absolutamente tudo, que fazemos gera uma conseqüência, que varia de boa a ruim, às vezes com mesclas dos dois. "Pense bem antes de fazer""Você tem que escolher""Estude pro seu futuro". Temos que abrir nossas mentes e pensar bem antes de tomar qualquer atitude, por mínima que seja.
E pensamos: Que merda! Queria tanto ser criança...Aí, meu caro amigo, já era. O sujeito simplesmente vira uma criançona, inconseqüente, levada, inoportuna, teimosa. Brincalhona ao extremo, ao ponto de ser extremamente inconveniente. E aí ele percebe que mesmo travestido em crinaça, numa tola tentativa de escapar das responsabilidades, que lá está ela, apoiada no muro, dando gargalhadas irônicas para você: a tal responsabilidade. Sim, porque todos pensarão deste pore sujeito o mesmo que eu:"Inconveniente, mal educado, chato."Sim, essa é a conseqüência de ser crinaça fora de época.
O fato é que: Mesmo as crinaças estão sujeitas a conseqüências, então, porque nós, depois de crescidos e naturalmente hábeis a lidar com conseqüências, queremos escapar dela?
Afinal, se a vida não tivesse conseqüências, não precisaríamos pensar nossos atos e deixaríamos, naturalmente de ser humanos racionais e civilizados. Até onde podemos chamar os humanos de racionais e/ou civilizados. Algo do gênero.

O Dia

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

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E ela acorda, a vista ainda turva, mas a cosnciência, aos poucos, tomando o ritmo dos pensamentos, enfim. Localizou-se: estava numa cama, de calcinha. AO seu lado, um travesseiro vazio.
Levantou-se então, para iniciar aquele enfadonho ritual diário: ir ao banheiro, escovar os dentes, pentear o cabelo, passar os quilos de creme, removê-los, tomar café-com-leite e comer pão, reescovar os dentes, trocar a roupa, ligar a TV e sentir-se livre até as 18:00, quando o marido chegava a casa.
E então começou. Para passar o tempo da enfadonha atividade diária, definirei para vocês a personagem: Clara, seu nome. Idade incerta, por volta de uns vinte e tantos anos. Casada desde os dezenove, por força da mãe. Laqueada nas trompas, detestava crianças, e também a monotonia. De certo, enfadonha era a última de suas qualidades: viva plenamente a vida. Já tentou os mais variados esportes, trabalhou desde gari até professora, viajou por uma penca de países estrangeiros (um em cada férias), vestia roupas exuberantes. Nada grosseiro, apenas diferente e bem exuberante.
A essa hora ela já estava tomando seu café-com-leite quando percebeu que estava sozinha e libre pelo resto do dia. Decidiu vestir-se diferente e foi a um parque de diversões.
Saiu, tomou um trem e dois ônibus para o melhor parque de diversões da cidade, encontrando-o fechado. Entediada (e isso era um péssimo sinal), voltou para casa. Entraria em reforma como, provavelmente, o parque.
Fez as unhas, o cabelo, limpeza de pele e tudo o mais.
14:00! O dia não passava. Lembrou-se de almoçar, comeu lentamente e...14:20!
Então fez o que sempre fazia quando estava entediada. Ligou.
E em menos de trinta minutos estava à sua porta um rapaz branco, corpo definido, nada bombadão, apenas definido. Cabelos nem loiros, nem morenos, castanhos, como os olhos. E ela já se atirou para cima dele, removendo suas roupas e lambendo cada centímetro do corpo do rapaz que era alcançável.
Fizeram sexo por duas horas, quando ela, exausta e completamente aberta via, para ambos espantos, o triângulo na casa: Ela, o rapaz e seu marido, à porta do quarto, flores em mãos junto com uma jóis que mantinha todas as flores juntas, uma carta em envelope vermelho, cara de besta.
Então o homem deixou tudo aquilo ai em cima da estante, saiu pela porta, por onde nunca mais passou em sua vida. Era dia dos namorados, domingo. Todos da cidade largavam às 16:00.
Hoje aquele corpo alto, nem branco, nem negro, moreno, cabelos longos, uma bunda consideravelmente linda, quadris apresentáveis, seios fartos e com bico para o alto, uma barriga lisinha que daria num lindo umbigo se tornara flácido, seios caídos, enrugado, barriga saliente para frente, deixara há tempos de raspar suas intimidades.
Mas uma coisa é certa: nunca esqueceu de comprar calendários!

Carnaval

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A chuva cai
A casa está cheia, é carnaval
E eu estou só.
Pessoas falam, o burbúrio incomoda
Vozes ecoam soando frases que perdem o sentido
Que mais parecem palavras perdidas no tempo
Sós, como eu me sinto.
A chuva cai
Algumas gotas se isolam na grade da janela
Outras juntam alegremente uma poça
Mas todas dentro de uma mesma tempestade
Como eu.

Trovador amor

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

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Amor
Que és o sublime sal da terra
És toda minha energia
E dona de vassala adoração.

Amor,
Tu representas minha vida
Meu ser,
Minha razão e consciência.

Vida,
Tu és paixão,
Adoração,
Beleza e ternura
Em uníssono, para o bem de meu pobre coração
Que clama por ti.

Sofre,
Pela distância que nos foi
Imposta pelos outros,
Estrangeiros à nossa história
Estrangeiros ao amor
Estrangeiros à dor que impõem
Com a dita separação.

E muito mal foi dita essa separação
Que me aflinge o peito,
Tortura minh'alma
E remove minha vida
Para que possa,em espírito
Estar junto de Ti,
Mia senhora!

Cante como preferir, se preferir cantar...Pegue um livro de português se quiser entender o título...Melhor ser de literatura...

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

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É como uma dessas contradições:
Este é um documentário produzido pela BBC, Discovery Channel, History Channel, NatGeo, que você assiste com exclusividade aqui...

Como??Se foi produzido por uma penca de canais diferentes????????????

Ingenuidade

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E lá estava eu novamente: Naquele mesmo beco escuro e sombrio.
Olhando para os dois lados, só duas coisas eram distingüíveis: Escuridão e Nada.
Absolutamente, nem os meus próprios pés eu conseguia enchergar. Era uma situação amendrotadora não ter o senso correto da direção. Olhava para frente me perguntando se na verdade não era trás e a esquerda se confundia com a direita...Era horripilante.
E do nada, do absoluto nada, surge aquela criatura: quatro patas, pequeno, branco de manchas pardas, saltitante, sua barriga totalmente ensopada em sangue.
Se antes a situação era horripilante, agora era simplesmente insuportável.
O medo me tomou por inteiro, simplesmente não sabia o que fazer...
Então aquele ser que havia me jogado no desespero, sai correndo. COmo se ele fosse o último bocado do oxigênio do mundo, corri atrás dele, ávido por respirar mais daquela presença que aliviava por ser uma presença e amedrontava or estar aparentemente empapada de sangue...
E ela corria bem, tanto que fugiu. Fiquei novamente sozinho.
O fato de eu ter experimentado alguns momentos de felicidade atenuou o desespero quando esta se esvaiu e decidi: suicídio.
Peguei um canivete e estava a milímetros do meu pulso quando as luzes se acenderam e eu estava em cima de um mar de chocolate e o cachorro na verdade era um carrinho cheio de ouro e o mundo era ideal como nos filmes, novelas e animes.
Que chato...

.........................

quarta-feira, 30 de julho de 2008

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Que se ferre e se arrebente feio a intolerância religiosa, uma das piores pragas da humanidade.
Onde já se viu, não aceitar um irmão??Rejeitar uma religião, só prque não é a sua?
Ah, vá àmerda! e com crase!

Olhar

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E lá vinham eles...
Eram dois...Castanho-escuros, penetrantes. Perfeitamente alinhados. Misteriosos. Podiam e sabiam muito bem esconder a personalidade de seu dono.
No caso, era suA donA.
Ela, por sua vez era alta, na verdade minha altura, morena, uma bunda grande, mas nada absurdo...Na verdade o tamanho era perfeito, o mesmo com os seios, nada bruto...Era perfeita.
Seus braços pareciam feitos de seda, delicados, quase angelicais...
As pernas faziam um balanço que atiçava qualquer ser vivente. E estas também eram perfeitas: grandes, ao mesmo tempo delicadas; balançantes, ao mesmo tempo sutis.
E sua presença era doce, quase diabética, porém, assim como o resto do corpo, sutil. Tanta sutileza que poderia parecer enfadonha era tão perfeita que não admitia tal sentimento.
E toda aquela perfeição viarava a esquina. No último instante, uma penetrante olhada com aqueles olhos castanhos.
Então meu olhar acompanha sua dona, sem vê-la, mas ainda assim tentando perfurar os muros que os separavam. Ando em direção à esquina. Quando vou me virar caio da cama.
A queda doeu bastante porque estava ereto e caiu de frente. Doem um pouco, mas só.
E fui remover a capa de ontem que cobria meu corpo com as gélidas águas matinais, pensando na tal dona do meu olhar.

.

terça-feira, 29 de julho de 2008

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Porque eu tenho que seguir as regras impostas por uma sociedade que é influenciada pelas tendências de gente que mata a gente?

...

quarta-feira, 23 de julho de 2008

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Você
Brilhante você!
Que emana sua aura sobre nós,
Que nos enche o espírito
Com tua luz especial.
Tu vieste e me tiraste da escuridão,
Ofereceu-me tua mão
E agora sei que juntos caminharemos
COm destino incerto,
Mas caminho definido.
Estar junto de ti me faz bem,
Afasta os demônios da solidão,
Tristeza e lamúria.
Com um arrepio na espinha,
Um sorriso e um bem-estar.
Você,
Infelizmente preconceituada
E, mais pesarosamente ainda,
Deturpada por quem lhe segue,
É e será minha guia
Até o incerto belo destino.
Através de ti seguirei para este,
Embora saiba que existem tantos outros meios,
Mas te escolhi porque você me faz sentir bem,
Você me faz estar bem e ficar melhor ainda.
Melhor do que eu era.
Evoluindo.
Quero que saibas quem sou eu,
Porque sei quem tu és
E isso basta, pra mim.
Meu amor por ti é claro,
Mas infelizmente velado, por enquanto.
Porém declarado a quem quiser ouvir:
"EU TE AMO, E SEMPRE TE AMAREI!"
Seguirei com você a partir de breve,
Mas, enquanto sou impedido de gritar,
Deixo claro meu amor
E devoção:
"Te amo, Te amo, Te amo"

Leão

quinta-feira, 17 de julho de 2008

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Conheci aquela garota num bar na zona sul enquanto me recuperava de uma forte ressaca causada, em partes por meu extinto beberrão, em outras por causa de Célia.
Célia me deixara 1 semana antes da ressaca, e neste período era dia com e dia sem ressaca, alternando sempre. Nunca aprendi a parar.
E estava trêbado quando vem: morena, cabelos até os quadris, negros, brilhantes e balançantes à brisa do mar da praia de copacabana. Seu andar parecia tão leve que eu juraria que instalaram uma esteira no chão sem que eu visse( e no estado em que eu estava era bem possível).
Ela olhou para mim e fez cara de sorriso. Sinceramente ainda creio que seja por educação, porque eu não sou galã de novela das oito, e chego longe de ser atraente. Havia uma semana não cortava a barba e provavelmente fedia a cachaça e cerveja. Sim, era por educação.
Ela sentou duas mesas adiante. De súbito todos os garçons quiseram atendê-la, o que resultou numa cena cômica, ou pelo menos risível.
Crio coragem(o que depois de uma garrafa de pinga e mais de uma caixa de cerveja é tão fácil quanto morrer de cirrose dali a dois dias) e vou até sua mesa, com a desculpa de tê-la conhecido algum dia.
Ela olha para mim, agora vi que seus olhos eram um castanho penetrante:
_Sei que isso é uma cantada, sei que você está bêbado, sei que sou gostosa, e sei que sou prostituta. Cobro 1 galo por uma rapidinha ali em cima sem conversas. Vai querer?
Se às minhas costas não estivesse uma parede eu acharia que tinha um pirralho brincando de encostar gelo pela minha espinha e barriga.
Esta última frase que ela deu me gelou tanto que eu simplesmente balbuciei algo que ela interpretou corretamente como um "Quero" ou algo do gênero.
Ela me puxou pela mão e me levou até um quarto de hotel não muito distante dali, me beijou e simplesmente foi arrancando minha roupa e a dela. E daí vocês sabem: fizemos sexo por mais de 3 horas e de todas as maneiras que eu conseguia imaginar e até um pouco mais, alcancei o auge do prazer umas 5 ou 6 vezes, estava morto de cansaço quando terminou, suando em bicas e com aquele leão lindo, feroz e dolorosamente podre em meu peito, recostada, dormindo.
E agora aqui estou eu: a manhã chegou, ela não acordou ainda. Está na mesma posição.
Me levanto de vagar, me perguntando porque uma mulher tão linda, tão brilhante poderia se rebaixar àquele ponto!
Deixo em cima da mesa dois galos, um deles escrito em caneta:"Cuide-se. Você merece mais que isso". Por isso eu queria dizer não que ela fez um estupendo trabalho e merecia 300 mangos, mas que ela merecia mais do que aquela vida para ela.
Deixo também meu telefone, quem sabe ela não seria a próxima a ocupar o lugar de Célia em meu coração, se ela tomasse tenência?
Ao pensar em Célia minha cabeça deu uma forte alfinetada. Maldita ressaca. E saí porta afora daquele hotel, caminhando pela praia, pensando em Célia.

Eu te avisei

quarta-feira, 16 de julho de 2008

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Faze o que quiseres,
Só não digas que não te avisei
Quando os intolerantes fantasmas da conseqüência vierem
Assombrar teu sono com aquele
Som, ao pé do ouvido, dizendo
"Eu te avisei"
E não vem sob minha janela, implorando um ombro amigo
Que te direi o mesmo, talvez duas vezes
"Eu te avisei, eu te avisei"
E esteja dito.

Nosso sonho_Buchecha

terça-feira, 15 de julho de 2008

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Especialmente para Thalita, Natálias(as duas rs), Bruna e Bruno...Eu mesmo...E para Aramiss que provavelmente aturou nossa "cantoria" melhor do que a moça da secretaria que tapou nossos sonhos de cantar até ficar roucos...Conclusão: ela mandou a gente parar...Foi triste...
Ah e Natália Dantas: a palavra é adjudicar e desditoso...

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Naquele lugar, naquele local era lindo o seu olhar/Eu te avistei,foi fenomenal/Houve uma chance de falar/Gostei de você quero te alcançar
Tem um ímã que fez o meu hospedar
Nossas emoções, eram ilícitas
Que apesar das vibrações, Proibia o amor em nossos corações
Ziguezaguiei no vira, virou você quis me dar as mãos, não alcançou
Bem que eu tentei, algo atrapalhou a distância não deixou
Foi com muita fé, nessa ilustração,que eu não dei bola para a ilusão.
Homem e mulher, vira em inversão bate forte o coração
Tumultuado o palco quase caiu Eu desditoso, e você se distraiu.
Quando estendi as mãos, pra poder te segurar,já arranhado e toda hora vinha uma,
A impressão que o palco era de espuma.
Você tentou chegar, não deu pra me tocar.
Nosso sonho não vai terminar.Desse jeito que você faz.
Se o destino adjudicar esse amor poderá ser capaz, gatinha.
Nosso sonho não vai terminar.
Desse jeito que você faz. E depois que o baile acabar,
Vamos nos encontrar logo mais.
Na Praça da Play-Boy, ou em Niterói.
Na fazenda Chumbada ou no Coez.
Quitungo, Guaporé nos locais do Jacaré.
Taquara, Furna e Faz-quem-quer.
Barata, Cidade de Deus, Borel e a Gambá.
Marechal, Urucânia, Irajá.
Omosmorana, Guadalupe, Sangue-areia e Pombal
Vigário Geral, Rocinha e Vidigal
Coronel, mutuapira, Itaguaí e Sacy.
Andaraí, Iriri, Salgueiro, Catibiri
Engenho novo, Gramacho, Méier, Inhaúma, Arará.
Vila Aliança, Mineira, Mangueira e a Vintém.
Na Posse e Madureira, Nilópolis, Xerém.
Ou em qualquer lugar, eu vou te admirar.
Nosso sonho não vai terminar.Desse jeito que você faz.
Se o destino adjudicar esse amor poderá ser capaz.
Nosso sonho não vai terminar.
Desse jeito que você faz. E depois que o baile acabar,
Vamos nos encontrar logo mais.
Os teus cabelos cobriam os lábios teus
Não permitindo encontrar os meus.
E você é baixinha, gatinha eu vou parar
Mas tudo isso porque eu me sinto coroão.
Tu tens apenas metade da minha ilusão.
Seus doze aninhos permitem somente um olhar.
Nosso sonho não vai terminar.Desse jeito que você faz.
Se o destino adjudicar esse amor poderá ser capaz.
Nosso sonho não vai terminar.
Desse jeito que você faz. E depois que o baile acabar,
vamos nos encotrar logo mais gatinha!nosso sonho não vai terminaaaar!

Vaca contemplativa

domingo, 13 de julho de 2008

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O que vou contar é nojento, podendo, para alguns, chegar ao ponto de ser cáustico, nocivo, ou pior: desnecessário.
Mas...Idéia é idéia e esta não podia passar.
Desculpas a alguns, mas, se serve de consolo: não gosto do aroma.

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"ONOMATOPEIA" fechava a palavra-cruzada no quadro :"Figura de linguagem em 'vento lambia minhas pernas'". Fora uma barrigada de arrepiar, estava realmente apertado. Mas era, infelizmente, totalmente inoportuna, já que a vontade de defecar ocorrera durante o ato sexual, bem na hora H. Chegou a ser cômico: "Ah!/Puts!" E estava lá no banheiro.
Palavra-cruzada terminada, era hora do banho, afinal era rapaz decente e tomava banho toda vez que a natureza o solicitava.
Entrou em baixo do chuveiro. A água estava fria. Deu uns pequenos pulinhos, com medo de estabacar-se ao chão. Certificou-se muito bem de lavar cada canto e fresta de seu corpo: da cabeça aos pés, passando por trás das orelhas, narinas, entre as pernas e, principalmente a tal região anal. Duas vezes.
Pensava a todo instante que aquilo era culpa daquela carne que comera ontem no jantar. A vaca agora estava cheia de fúria e interrompeu seu ato de prazer que lhe era restrito a uma ou duas vezes por semana por estranhas e fortes dores de cabeça. Em sua esposa.
Saiu do "box". Pegou a toalha. Enxugou cada fresta de seu corpo, excluíndo-se a região anal, já que não era muito prazeroso, para ele, passar na cara o que passou em seu ânus. Estava todo seco, exceto nos fundilhos, e passou a toalha limpa e branquinha. Sabe-se Deus como, a toalha voltou com uma substância pastosa e marrom. A vaca furiosa contra-ataca.
Ficou tão embasbacado com a situação que ficou olhando para aquela maldita vaca que o contemplava em todo seu esplendor por alguns instantes. Quando voltou a si, pensou: " Puts, como vou sair carregando esta maldita vaca do banheiro?". Sentia vergonha. Decidiu sair do banheiro e lavar aquilo no tanque, antes que a mulher o visse. A tal mulher tinha nojo e pavor e sempre dizia que bastava um frenada na cueca e "bye-bye" relacionamento. "Bye-bye" casamento, companhia amorosa e sexual.
Abriu a porta e quase pulou ao ver que existia mais algo contemplativo ali além da vaca: sua esposa. A toalha foi pra trás. Estava nu.
_ Porque você não cobre seu corpo?
_É...Vou...experimentar...sim, experimentar o nudismo. Quem sabe não é uma boa?
_Nudismo?
_Sim, nudismo.
_Bom, então me dê a toalha que eu vou lavar.
_Não dá não.
_Por que cargas d'água não dá?!
_Porque...porque eu vou terminar de me secar no quarto.
_Ora, então termine de se secar aí e me entregue a toalha...E abaixa este troço aí porque você hoje me decepcionou! Como assim você sai correndo? Só me usa assim deste jeito, só por prazer, nem um carinho.
_Poxa amor, não foi assim, é que eu estava apertado para ir ao banheiro.
_Tão apertado que me deixa assim, na cama?!
_Sim.
_...
_Não me olha com esta cara!
_...
E, de repente, viu a escapatória. Seria rude, mas depois teria como desculpar, afinal ela sabia que estava sendo um tanto dramática. Brigar porque ele estava apertado para ir no banheiro?! COisa de mulher em TPM ou simplesmente quando quer arranjar briga por qualquer coisa que seja...
_Ah, por favor, Célia! Eu estava apertado, você queria que eu fizesse o que? Cagasse em cima de você dizendo:" Eu te amo"?!!_Disse rudemente e saindo para o quarto.
Lá chegando escondeu a toalha dentro da sua caixa de tênis novo. Depois daria um fim àquilo.
_Amor, desculpa, fui grossa com você..._Disse Célia
_Claro que sim, fui um pouco grosso também...
_Eu te amo
_EU também
E agradeceu aos céus por existirem mulheres, e por ela terem TPM. Mas principalmente por existirem mulheres.

Noite

quinta-feira, 10 de julho de 2008

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E ele olhava para o fundo daquilo. De noite parecia apenas uma grande sombra negra. Olhou ao redor. Ouvira o som do galhos partindo enquanto executava seu plano. Olhava para todos os lados, à procura de um vulto humano ou uma sombra em movimento. Nada. Apenas aquele vento gélido noturno cortando sua face.
Tornou a contemplar o fundo daquele buraco negro que parecia sugar toda a luz ao redor quando fixávamos o olhar. Tudo parecia trevas. Virou e saiu daquele lugar, descendo aquele pequeno morrinho. Ouviu novamente o quebrar de um galho. Olhou de súbito para os lados, decididamente à procura de alguém. Revólver em punho. Nada. De repente, um aperto no tornozelo, seu grito de pavor e o voar de pássaros que provavelmente dormiam tranqüilos na cena do crime.
Quando olhou para baixo, viu uma ensangüentada mão agarrando seu tornozelo. Instintivamente seguindo o braço ao qual aquela mão pertencia, tentou descobrir seu dono, embora já soubesse a resposta.
A imagem era deplorável: uma cabeça sem uma das orelhas o contemplava, com seus olhos que nada mais podiam enxergar encharcados do próprio sangue, que escorria pela roupa. O sangue da orelha jorrava por toda a parte e era, possivelmente, o culpado por todo aquele sangue na mão que agarrava firmemente seu tornozelo. Um chute e a mão larga, mas o pobre diabo continuava rastejando ao seu encontro.
Ele não viveria mais do que aquilo. Decidiu então sair correndo.
Ao chegar a casa, correu para a fogueira, se despiu, e tacou suas roupas na tentativa de apagar aquela horrorosa noite de sua mente, de sua vida. Mas, feliz ou infelizmente, os fatos não se apagam assim, e na manhã do dia seguinte estava estampado no jornal: "Homem sem orelhas salva-se da morte graças ao lenhador que estava próximo. O lenhador cortava árvores numa área ilegal e foi preso. O tal homem encontra-se cego, mas seu quadro médico encontra-se estável."
Um dor lancinante por dentro do ouvido e uma turbulenta neblina negra cerrava os olhos do pobre diabo assassino covarde. Suicídio. Fim.

Carmita carcomida

segunda-feira, 7 de julho de 2008

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E lá vinha a velha carcomida. Cumprimentos praticamente inaudíveis, um leve aceno de cabeça quase imperceptíveis. Só por educação ou dever moral, ou consciência pesada. A velha responde: um grunhido gutural e medonho, um aceno de cabeça tão brusco que parecia quebrar o pescoço e permitir à cabeça sair rolando ladeira abaixo. Ela empolgada, outros assustados. E seguia ela, andando manca e torta por aquela ladeira íngreme. Um pé literalmente na frente do outro. Parecia que estávamos prestes a uma queda a cada instante.
Todos os olhos a acompanhavam. Conheciam a tal velha: morava na rua de cima, no alto do morro. Sempre morou lá. Nunca teve filhos nem netos, mas, incrivelmente dizem que ela tem 3 bisnetos. Sabe-se Deus como, mas a fofoca e o leva-e-trás fazem milagres.
E ia andando devagar e sempre a velha carcomida Carmita. Sim, seu nome. Carmita.
E ia Carmita carcomida descendo a ladeira. Seus pés aparentemente errantes iam sustentando aquele corpo de graveto sem muita firmeza.
Um solavanco atrás do outro, solavanco, solavanco, até um solavanco particularmente brusco: um dos pés faz uma volta e emite um som que parecia uma bola de chiclé estourando. E, de cima, a velha vai ficando cada vez mais baixa. E seu corpo passava por cima de sua cabeça. Mais estalos horríveis, grunhido guturais. Olhos espantados, mãos-à-boca por todos os lados, mas nenhum auxílio.
E seguia Carmita carcomida descendo a ladeira, mais rápido que de costume, desta vez totalmente errante, sem destino preciso.
Por culpa da grande ladeira íngreme, Carmita seguia rolando, o que pareceu 1 ou 2 minutos. Até que, quase na outra rua, ela pára de súbito.
Todos meio embasbacados demoraram alguns instantes para perceberem que Carmita parara de rolar e estava gora num ângulo estranho, culpa de um poste de iluminação.
Chegando lá, perceberam que Carmita abraçava tal poste com seu corpo de graveto. Seus olhos, fechados; sua boca, cerrada; seu destino, incerto.
E lá se ia a população local para o velório de Carmita. Por educação ou consciência pesada, eu não sei. Mas iam, todos, unidos, ao alto do morro, para ver Carmita que descansava seu velhos gravetos num confortável paletó de madeira.