Liberdade x Libertação

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

| | | 0 conselhos
É muito complicado entender a diferença entre liberdade e libertação e aplicá-las no dia-a-dia.
Mas uma maneira bem simples de ver as coisas é: Liberdade traz consigo responsabilidades. Ser livre não é estar isento de obrigações. Ser livre não é fazer o que quer. Ser livre é ter a possibilidade de executar coisas dentro de um limite responsável, não se ver liberto de responsabilidades. Liberdade é, digamos assim, uma quase libertação. Exemplo: Um país era obrigado a obedecer as ordem de um outro país. Fazem uma revolução e conseguem sua liberdade. Mas têm responsabilidades a cumprir agora que são independentes. Um pai dá uma liberdade maior ao filho. O filho faz suas escolhas. Se as escolhas tomam um rumo irresponsável e inconseqüente, a liberdade é retirada.
Outro conceito mal interpretado é "viver a vida intensamente". O que não significa viver a vida inconseqüentemente, mas viver a vida plenamente. Viver bem, viver e vivenciar tudo que há de bom, conhecer lugares históricos, lugares divertidos, viver com alegria. E viver com responsabilidade.
No mundo em que vivemos a falta de responsabilidade acarreta uma série de conseqüências ruins, que vão fazer com que sua vida passe a ser não tão plena o quanto poderia.
Veja só: Uma pessoa fala, vou viver intensamente. Pega o carro a 200 por hora, bebe todas tem relações sexuais com a primeira que vir pela frente, sem preocupar-se com camisinha ou preservativos, freqüenta festas onde enche novamente a cara de álcool, usa drogas para apagar todos os outros sintomas, pega o carro sofre um acidente e morre porque não conseguiu se recuperar porque estava com DSTs, alto índice de álcool no sangue, e com drogas impedindo o funcionamento total do cérebro. Ele viveu plenamente, ou acabou com sua vida plenamente?
Liberdade pede responsabilidade, viver intensamente é viver plenamente e viver bem, saudável, bem-humorado e o mais importante: viver e querer viver.

Educação no Brasil

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

| | | 0 conselhos
Neste domingo assistia ao fantástico quando uma matéria me chamou a atenção. Crianças em idade escolar que precisam realmente passar por uma quase tortura diária para poder chegar a uma "escola", que muitas vezes nem estrutura tem, lanches são raros(exceto quando a mangueira dá frutos) e professores faltosos.
A educação pública no Brasil está passando por uma processo de definhamento tão claro, tão assustador e tão revoltante que nos obriga a questionar: Mas afinal, o que os políticos realmente querem?
Ora vejamos as situações: Numa você tem escolas verdadeiras, onde alunos aprendem o que é o certo, aprendem cidadania, aprendem democracia e aprendem a criticar. Em outra, você tem escolas sem investimentos, onde muito raramente os alunos aprendem o que é ser cidadão e ser parte de um esquema democrático. Qual dos dois é mais facilmente influenciável? A resposta é clara como água.
Mas os senhores clímax da democracia que estão lá no ar condicionado do planalto central, em suas cadeiras de couro, bebendo martini e viajando pro exterior não querem absolutamente saber de nada disso! Eles querem gente sem força de opinião ou de expressão.
Crianças de comunidades mais interioranas têm duas opções: Ou ir num ônibus escolar completamente sem condições de tráfego, perigoso, instável, enferrujado, sem janelas, sem proteção, ou elas vão com seus pés, atravessando quilômetros de estradas e rodovias federais, e as meninas têm um gravante sobre elas. Os carros muitas vezes param pra pedir que elas entrem. Confundem meninas estudantes com prostitutas!!
Se seria um terror passar por isso em um dia, imaginem vocês todos os dias, 5 dias por semana, todas as vezes em que você quiser ir ao colégio.
Onde está o estímulo? Não há. E muitas crianças acabam abandonando seus estudos, não vão ter chance de competir no mercado de trabalho, e podem vir a se tornar os mendigos do futuro.
Nosso governo está criando os mendigos do futuro????? Essa é a finalidade do ministério da educação? Criar mendigos pro futuro, quando deveriam educar o presente e construir um futuro melhor?