Desenvolvimento (In)Sustentável

sábado, 31 de maio de 2008

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Usando o soneto 18 de Camões para reflexão.

Hoje em dia, nossos ouvidos estão acostumados a ouvir sobre "avanço tecnológico", "novas descobertas científicas", e isso nos aparenta ser bom.
Sim, alguns desses avanços são efetivamente avanços, com o que esperamos da palavra, ou seja, algo que nos ajudará, sem prejudicar o ecossistema.
Mas grande parte desses ditos "avanços" são passos pra trás. Muitas vezes o homem descobre certas coisas que não nos levam pra frente, só nos puxam em direção ao retrocesso. E, com retrocesso, quero dizer um pseudo-avanço, como um passo pra frente, mas com 3 pra trás, porque o homem descobre uma coisa, mas esta coisa prejudica o meio ambiente, e, como o homem depende do meio ambiente, descobre uma coisa que o prejudica e anuncia isso como? "Avanço"
Se este é o passo do avanço, não quero nem imaginar o destino...Porém ele é certo.
Esperamos que concluam efetivos avanços, que condizam com nossa esperanças: Um desenvolvimento sustentável, uma evolução com melhorias da qualidade de vida sem prejuízos à qualidade ambiental, pois, afinal, qualidade de vida e condições ambientais andam juntos e são diretamente proporcionais.

Vivemos na espera do desenvolvimento sustentável, para não vivermos na espera do fim iminente, pois esse é o princípio humano da esperança.
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"O mundo pertence a quem se atreve, e a vida é muito para ser insignificante."
Charles Chaplin

"A vida é um espetáculo que não nos permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria, improvise, antes que as cortinas se fechem e a peça termine sem aplausos."
Charles Chaplin

"Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confinaça;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía."
Soneto 18_Luís de Camões

Relativo

quinta-feira, 29 de maio de 2008

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Todos da cidade conheciam o tal Jack. Jack era uma cara não muito bonito, mas também não horripilante. Jack usava corretamente seu português, pagava suas contas em dia, Jack era um cidadão, por assim dizer, apenas isso, um cidadão. DIgo isto porque Jack não era filantropo, Jack não era pessoa famosa, Jack não era ladrão, Jack não era político.
Mas Jack era conhecido em seu círculo social por um motivo: Era adepto fidelíssimo da teoria da relatividade. Absolutamente tudo era, para ele, relativo. Diziam-no feio, ele dizia que dependia de quem olhasse, pois de certo era menos feio que um cavalo com cabeça de peixe e pés no lugar das patas. Diziam-no chato, ele dizia que dependia do olhar, uma vez que os discursos políticos da região entediavam até uma criança hiperativa. E assim Jack ia relativamente bem.
Um dia, ao sair da padaria, JAck foi pego por um fanático, que desejava por tudo provar que ele era falho, e começou:
_És esperto?
_Depende dos teus olhos, posso não ser o mais sábio dos homens, mas de todo, não sou o mais burro. Sou, para uma criança, esperto, para Einstein, um leigo.
_És Agitado?
_Bem, muito bem: EM relação a uma pedra, sou ativo como um falcão, mas em comparação a este, não passo de uma pedra.
_És sincero?
_Ora, sim, se comparado a um mentiroso. Posso ter mentido para alguém, mas ser sincero de todo. Não conto nada além da verdade, exceto quando minto.
_És mulher?
_Epa! Não ponho em dúvida minha masculinidade, sou de todo homem, nasci com meu órgão sexual característico dos seres humanos masculinos, mas se falas de sentimento, não sou homossexual, mas sou sensível, sou perceptivo. Se essa é, na nossa bruta sociedade, uma característica feminina, digo-lhe que sim, sou, em partes, uma bela dama.
_Estás morrendo?
_Ora meu caro amigo, estou de todo vivo, continuo executando minhas funções vitais, minhas células ainda funcionam satisfatoriamente, estou sim vivo, mas se considerares que vou morrer um dia e que a cada dia que passa este fatídico acontecimento está mais próximo, ou seja, minha vida se vai a cada segundo, sim morro um pouco a cada segundo até estar completamente morto, num dia que, espero, demore bastante a chegar.
O sujeito ficava irritado. Era impossível fazer uma pergunta cabível de ser impossível dele responder. Então pensou, agora agumas pessoas estavam ao redor, assistindo ao intelectual confronto. Jack, sua face risonha pela vitória iminente, foi perdendo o riso a cada movimento de seu rival, desde que este puxou uma adaga, a poucos instantes. O desafiador então perguntou, com ar confuso, pertubado, porém confiante:
_E então, hã? Meterei-lhe esta adaga por seu peito, então, você morrerá?
_Ora, isso depende de você. Morrerei se me deixares aqui ao chão, a espera da morte, mas se me socorreres, poderei-me salvar e não morrerei de todo.
_SIM, VOU ENFIAR-LHE A ADAGA E DEIXÁ-LO SANGRANDO A MORTE, ENTÃO?
_Ora, sou pessoa religiosa. Me enfiarás a faca, sofrerei instantes, mas logo sentirei o alívio da dor e não mais estarei morto. Meu espírito, minha essência não pode ser ferido por armas brancas, armas negras, ou qualquer tipo de arma humana. Meu espírito é intocável; minha essência, imortal.
E o homem havia-se suicidado, há muito, por começar este diálogo que ele sabia não ter fim. Agora, seu suicídio havia chegado ao ápice. Estava ali no chão, seu corpo inerte.
_Tsc,meu caro amigo. Pertuba-te com a relatividade e pensas que vivendo a morte terás vivido a única certeza. Está enganado, e irá perceber quando sua alma acordar e você ver, que, mesmo a morte, é relativa.
E saiu.

Sinapses

segunda-feira, 26 de maio de 2008

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Ele pensava em jogar-se da ponte. A vida estava uma droga. Biólogo, sabia de todos os processos que induziam o pensamento. Todos os processos que eram o próprio pensar. Mas não queria que sua vida, seus pensamentos fossem simplesmente isso, simplesmente respostas a sinapses nervosas. Queria que sua vida tivesse um sentido, para assim ser mais do que sinapses.
Pensava no que sofreria, na dor que sentiria, e, estranhamente, o que viria depois.
Nunca antes havia pensado sobre pós-morte. Ainda ficava em dúvida se o que viria era apenas absolutamente nada, um sentimento sombrio de parar de pensar. Era agoniante pensar que numa determinada hora ele simplesmente pararia de pensar: seu cérebro pararia de funcionar, seu coração não mais bateria, seus pensamentos, as tais sinapses, cessariam, e ele não sentiria nada, não veria nada, nem a escuridão veria, porque se a visse estaria pensando. A morte seria a ausência do pensar? A total ausência de tudo, sobrando apenas a existência do nada? Era difícil pensar em algo tão abstrato. Seu pobre pensamento nunca havia vivido essa experiência, não tinha a mínima noção do que viria a ser isso.
Mas viver significaria continuar sua medíocre existência. Não que fosse medíocre monetariamente. Tinha dinheiro, tinha uma bela casa, mas não tinha mulher, nem filhos. APenas aquela vasta e gélida sensação de chegar em casa e encontrá-la fria, monótona e sombria. Ninguém o esperava em casa. De início aquela idéia o atraía: nunca pôde sair com os amigos, pois preocupava-se com sua mãe o aguardando em casa. Mas agora queria novamente aquele aconchego amterno, aquele calor humano. Mas não o tinha. Apenas aquela sensação de chegar em casa do calor humano da rua (calor este que ele não aceitava aquecê-lo, tinha medo das pessoas, do que elas eram capazes de fazer) e levar a fria baforada do vazio do dinheiro. A brisa gélida e torturante de ter tudo e paradoxalmente faltá-lo algo. Tudo é completo, faltar algo é tê-lo incompleto, ou seja, não é ter tudo. E para ele não era nem ter quase tudo, ou ter algo, era faltar alguma coisa. O pesar da palavra faltar o fazia bem. Esse pesar era um veneno, mas era um veneno que ele necessitava. Isto o matava um pouco a cada dia, mas sem esse pesar ele não sobreviveria. Era uma vida infeliz, uma semi vida, uma vida incompleta.
Enquanto pensava, a brisa da ponte lambia seus cabelos, beijava docemente sua face, e ele era encantado por sua beleza. ABriu os olhos, percebeu que estava num ótimo lugar. As montanhas eram verdes, estava numa cidade grande, mas aquele cenário, especialemtne aquele cenário, era simplesmente lindo. Era a entrada dos turistas, a paisagem era muito bem tratada. Notou cada detalhe: O modo como a brisa batia na montanha, penteando a verde grama; as gaivotas, que voavam como malabaristas no grande circo do céu, o maestro não era rígido, a natureza permitia flexibilidade, tudo estava livre, e ao mesmo tempo regrado; o oceano que acariciava o sol, que se punha, seu dourado característico, seus reflexos pefeitos naquela supefície cujas ondas não se via arrebentar, não eram ondas então, eram ondulçações da superfície.
Ficou tão maravilhado e tão admirado ao mesmo tempo, sentiu uma sensação, como levantar depois de horas sentado. Mas não sentia o alívio nas pernas, sentia por todo seu corpo.
Olhava ao seu redor e pensava quantas paisagens mais como aquela, quiçá mais belas, haveria pelo mundo. Tomou a decisão: viveria e exploraria o mundo. Não sempre, não queria que o equilíbrio natural, aquele que é flexível, fosse rompido. Viveria nas cidades, mas vez ou outra, exploraria o mundo, em busca de belas paisagens, para acordar sua mente e sentir mais uma vez aquelas sensações de alívio, mas vez ou outra, talvez 1 ou 2 por ano, a fim de não enjoar e deixar, permitir que aquelas belas paisagens se tornassem apenas respostas sinápticas aos estímulos do olhar.

Sadismo

domingo, 25 de maio de 2008

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A dor era lancinante, suas pernas estavam fracas e atrofiadas, mas ele levantou, esqueceu até de desatar os aparelhos que o acompanhavam, num passo os aparelhos escorregaram e caíram no chão. Estava agora livre. Sua perna ainda doía, mas ele buscava esclarecimentos, como, por exemplo, o que ele fazia ali. Não lembrava-se de absolutamente nada. Em sua mente, um filme passava, mas emperrava numa dada hora. Nada mais saía, apenas um branco.
A única coisa que ele se lembrava, e passava como um filme distante em sua mente era ele acordando, estava um tanto tonto. Levantou e foi até o banheiro. A água o livraria do péso de ontem. E que belo peso. Demorou uns instantes para enxaguar o rosto, custanto libertar-se daquele momento mágico que ele lembrava ser o dia de ontem: Márcia, mulher incrível, linda, amorosa, amigável, e insaciável na cama. Encontrara-na num bar noite passada, conversaram, a mulher parecia simpática. Uns drinkes depois e estavam atirados à cama, com uma sensação nunca antes vivida por Marcos. Enfim, lavou o rosto, as gélidas águas matinais lambiam sua face e o despertavam do transe hipnótico em que aquela lembrança o pora.
Perambulou um pouco pela casa, em busca de algo para fazer e reparou num bilhete logo abaixo do telefone. Na verdade não era um bilhete, era uma anotação, o telefone de Márcia.
Marcos, num salto, pegou o telefone anotado e o aparelho de telefone. Discou rapidamente e, para espanto, ouviu uma voz grossa e viril do outro lado da linha: "Alô". Gaguejando, não por ser frouxo,não por ter medo, mas pelo espanto da ocasião: "P-Posso falar c-com a Márcia?".
E Márcia atendeu o telefone. Marcos falou que só pensava nela, que aceitaria a condição de amante, mas que queria tê-la novamente esta noite, o que era intercalado por interjeições monossilábicas de Márcia. E de repente ela fala: " OK, hoje às 20;00, seu José, vamos dar um jeito na sua casa." e desligou o telefone.
Atônito, Marcos preparou tudo: Arrumou a casa, preparou a cama, o sofá e onde mais seria possível fazer o que fá-lo-iam. Às oito em ponto, chega Márcia, sob uma capa, que logo que entra na casa, cai e revela uma quente lingerie vermelha. ELa olha toda aquela arrumação, não gosta, bagunça completamente o sofá, pega algemas, chicotes e afins de sua maleta, que aparentava ser para decoração.
Depois de nú e amarrado, Marcos percebe algo estranho no ar. A moça pega um punhal. Crava o punhal na sua perna esquerda. Se delicia por uns instantes da dor de Marcos. Sai correndo. Marcos desmaia. E acorda na atual situação: num hospital, de pé, tentando, agora com sucesso, relembrar o que aconteceu. Mas quem o teria trazido até aqui?
Perguntou ao médico, após o sermão sobre responsabilçidade com a vida, por ter levantado daquela forma, ao que o médico responde: " Carlos". Carlos era seu melhor amigo e, quando entrou no quarto e abriu a boca, levou Marcos a um estado hipnótico que o fez relembrar da voz viril que escutara pelo telefone.
Carlos apenas sorri e diz :"Eu te perdôo. Agora eu peço desculpas. Ela sempre faz isso."

Dama de vermelho

quinta-feira, 22 de maio de 2008

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Cristina era mulher bonita: Seios fartos, cabelos loiros angelicais, em sua face a doçura dos serafins, mas sem androgenia. Definitivamente era mulher, e isso percebia-se de longe. Arrancava suspiros e olhares de mais da metade do povo masculino do bairro. Mas, embora seja difícil acreditar no que lhes direi, Cristina tinha um defeito, aliás, um defeito desconhecido. Ninguém sabia ao certo quem era seu marido, mas supunha-se que, para atrair uma mulher como aquela, devia ser um garanhão, homem forte, bonito e vistoso. E Cristina era totalmente fiel ao estranho desconhecido. Nada podia fazê-la traí-lo. Vários homens tentaram investidas em vão. Cristina era rígida: traição não era opção.
Enfim, Cristina ia e vinha pela cidade, eu, Antônio, morava na casa em frente a sua. Não que eu fosse fofoqueiro, ou pelo menos não admito, mas Cristina saía de casa todos os dias às cinco da manhã e, estranhamente, sem ter retornado a casa, saía novamente às sete da manhã.
Eu ficava intrigado como isso acontecia. Cheguei a observar sua casa por alguns dias: definitivamente ela não voltava, pelo menos não visivelmente, mas arrumava uma maneira de sair novamente às sete. Sabia que era ela mesma, pois nosso país não permite bigamia e Cristina era casada com o misterioso desconhecido. ALém disso, sua marca era o vestido vemelho. Cristina sempre usava um vestido vermelho. Seja de algodão, seja sintético, era sempre um vestido, e vermelho.
Um dia, às quatro e meia da manhã, fui à rua. Batata! Às cinco da manhã saía Cristina, com sua face angelical. Dei-na um bom-dia, como quem não queria nada e continuei disfarçando, finjindo aparar a grama. Fiquei observando a casa, tomei coragem e invadi. Estranho era o fato de a porta estar aberta. Mulheres, mesmo casadas, nunca deixam a porta aberta, percebia isso pela Célia, minha filha. Havia-se casado com um rico perfurador de petróleo, e mesmo quando ele estava em casa, a porta estava sempre trancada. Pelo menos era o que diziam as pessoas ao redor. Eles moravam longe, havia tempos não via Célia. Decidi que faria-na uma visita.
Voltando a mim, havia invadido uma casa. Estava indo longe demias com aquilo. Para que? Porque aquele fato intrigava-me tanto? Bom, já estava na chuva, porque não pegar um resfriado? Continuei andando. A casa estava aparentemente vazia. Subi os degraus que levavam ao segundo andar. A porta, aparentemente do quarto, sabia pois as casas da rua eram padronizadas, estava entreaberta. Ouvi um barulho no primeiro andar: pelo vestido vermelho, percebi que era Cristina. Pela primeira vez ela havia efetivamente retornado. Mas só para fechar a porta. Continuei andando em direção ao quarto, abri a porta e a cena a seguir chocou-me de tal maneira que simplesmente estupefei. Célia estava nua, atirada à cama. Suas roupas, espalhadas pelo quarto. Havia finalmente achado o misterioso marido de Cristina. E "ele" dormia, sua respiração leve e serena, quase angelical.

Segredos velados

quarta-feira, 21 de maio de 2008

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Ela olhou para o outro lado da rua. Ela podia vê-lo, mas não tinha coragem para ir até lá e dizer, como poderia simplesmente dizê-lo o que tinha para dizer. Mas era sua obrigação, ela tinha que fazê-lo.
Ela retomou seu olhar que rumava perdido em seus próprios pensamentos para o outro lado da rua, e ficou estupefata: ele ali não mais se encontrava. Por instantes ficou meio perdida, confusa, não podia perdê-lo de vista, tiha de dar a notícia.  Procurou, por instantes até rodopiou pela praça até que seus olhos se bateram num carro azul parado na esquina. Parado era um estado transitório para aquele carro, a ignição fora dada, apenas não havia-se deslocado. Correu até ele, mas a cabo de meio metro, o carro finalmente partiu. A mulher ficou desesperada, até que realizou o sonho das aventuras imaginárias: pegou um táxi e pediu, aos prantos: "Siga aquele carro!". E assim foi feito. O carro azul era agora perseguido pelo amarelo táxi. O táxi ia passando por várias paisagens, sempre o carro azul a frente, não podia simplesmente perdê-lo de vista. Andou por horas, o preço do taxímetro estava ficando absurdo, mas num instante o carro azul pára. Seu motorista desce do carro. Para um espanto, aliás um enorme espanto, Carmen, agora apresentada, percebeu que o homem que desembarcara do carro não era Marcelo, o seu procurado. Sua aflição era tanta que nem percebeu que estavam no vão central de uma ponte qualquer entre Manhattam e Cabo da Boa Esperança e , além do estranho fato de o carro ter parado ao meio da ponte, o que foi acompanhado pelo táxi, o homem que desembarcara do carro azul vinha em direção ao táxi. Em suas mãos, um cacetete. Primeiro foi o motorista de táxi, espancado até a morte pelo estranho que, aparentemente, pensou que seria seqüestrado pelo estranho táxi que o segira até aquela fatídica ponte. Depiois de totalmente ensagüentado, o taxista deu a vez a pobre Carmen, ao fundo do carro, sua face lúgubre pelo sinal de morte iminente. E o homem, aparentemente sádico, com sua face rude, um sorriso escondido, ergueu o cacetete. E o algoz executava seu serviço. Carmen, nem um pio. Sua notícia e seus segredos foram-se com ela, que descansa em paz nas frias águas sob uma ponte qualquer entre Manhattan e a África do Sul.