"História" viva na impressora

sábado, 24 de abril de 2010

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"Mas que m..."
Foi a primeira palavra que dirigi a minha impressora após semanas sem contato humano algum. Hoje, após tomar vergonha na cara (Lê-se: precisar imprimir o texto de história), recarreguei o cartucho, afinal o original custaria R$120, e, enfim, religuei a minha impressora.
"tchóóóóóóóóó´..."
Fez minha querida secretária de acrílico com circuitos, mas depois de dois segundos seu tom mudou para um "tchôôôôôôôôôôôô..." que eu nunca a tinha ouvido dar. No fim das contas, ela passou semanas sem ser ligada, deve precisar lubrificar, afinal. Então, abri meu word fui lá na manutenção e pus o sistema para lubrificar. Mais alguns minutinhos de espera e estava ela, ainda fazendo seu barulho de "tchôôô". Die de ombros.
Abri então o texto que não vejo há semanas, o tal do "A semente que semeais, outros colhem", e pus minha serva para imprimir o pdf.
"REVOLUÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!", ela não puxava o papel. Como aquele pedaço de acrílico metido a besta ousava se interpôr às minhas vontades!? Pus novamente o papel para imprimir. Novamente, o papel girava num ângulo estranho e não descia, só de um lado. "Espertamente", depois de alguns trinta minutos estragando folhas de papel, percebi que o problema era que a maldita proletariada só estava puxando por um dos lados. Resolvi usar do método mais simples: meti a mão na pobre, enfiei até onde consegui e, de lá de dentro da parte de alimentação, puxei duaspiranhas há muito digeridas! Sim, piranhas, aqueles prendedores de cabelo, só que dos pequenos. Voltando à minha sátira implícita...
Abri novamente o documento, pus novamente minha serva para imprimir a folha. Dessa vez, o sublime e alvo derivado de celulose entrou no sistema, mas no meio do caminho dobrava e começava a engasgar minha trabalhadora servil! Como um digno burguês, nada fiz para ajudá-la, afinal se ela morresse...eu teria que comprar outra... Mais que subitamente, voltei alguns anos na sátira, retomei a escravidão e fui auxiliar minha escrava robótica. Após desligá-la, destravei o papel que ela tanto insistia em manter dentro de si, como sua carta de alforria. Usei de toda minha força para separá-los e, então, recomecei o trabalho, sem antes deixar de dar uma boa surra totalmente desnecessária na pequena escravinha.
Capital. Ah, como é doce o sabor do dinheiro. Hoje em dia, cada vez mais, o capitalismo corrói nossas cabeças, infundindo uma necessidade básica de uma "igualdade" de trocas, a criação do sistema monetário! E o sentimento é tão arraigado na sociedade, que minha proletariada robótica (sim, avancei mais alguns aninhos no tempo) deixou escapulir de dentro de si uma moeda de 10 centavos! OH, QUE ABSURDO!!!! ROUBANDO DE SEU SENHOR! SE OS TMEPOS FOSSEM OUTROS, VOCÊ ESTARIA NO TRONCO, APANHANDO, MALDITA CAIXA DE ACRÍLICO! Agora, vai ter que trabalhar mais, longa jornada de trabalho, para aprender a não mais me roubar!
E então imprimi o tal livro de história.
Esta história me ensinou três coisas:
- Preciso parar de tentar internalizar tudo que ouço nas aulas de história
- Preciso parar de relacionar todos os acontecimentos do cotidiano com isso
- Preciso parar de criar subterfúgios para não estudar história, como postar esse tipo de coisa no meu blog.

Encherto

quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Se a lua jaze tranquila no céu
Se o mundo gira sereno na órbita do sol
Se os dias precedem as tardes
E estas, as noites frias e tristes,

Se o mar se choca em ondas contra a areia
Emoldurando a linda praia
Como cenário ideal para um amor sincero,
Terno, cálido, vivo,

Se as gotas de chuva caem
Agora sobre minha face
Escondendo lágrimas pesadas e tristes,

É porque te perdi, e sofro com a solidão do vazio dentro de mim,
Mas não por isso quero que a lua desapareça, o sol colapse ou a chuva deixe de cair,
Afinal, não fosse por isso, qual seria o sentido de ainda existir?