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domingo, 17 de agosto de 2008

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E ele já estava enojado de todo aquele burbúrio.
As contas estavam sobre a mesa, lotando-a. O caderno, em mãos. O mesmo para o lápis.
Agora só faltava sua força de vontade para iniciar todas as operações matemáticas complexas que viria a fazer como economista.
E aquela falação continuava, ele já estav subindo pelas paredes.
Desde quatro horas da tarde estava ouvindo aglomerados de grunhidos guturais e um zum-zum-zum ao fundo, que hoje em dia virou um gênero "musical", e estava, agora às nove e quarenta e cinco da noite, explodindo em dor-de-cabeça, estressado por ser economista e não conseguir não fazer todas aquelas malditas contas, com vontade de descer do seu apartamento e esganar, um por um, aqueles moleques que estavam com um carro de som às alturas. Sentiu-se besta. Recorrigiu-se. Aqueles moleques estavam com o som da carro às alturas. Sentiu-se nerd. Preferiu finjir que nunca pensou naquilo.
Foi para o quarto. Pegou o telefone. FOi dormir.
Meia hora depois ouviu o som de uma sirene. Depois gritos. Depois portas de carros e, enfim, o silêncio.
E dormiu.

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