Aqui e agora

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

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Acordo com aquela sensação de que dormir não adianta em nada e que o dia será tão ruim quanto o anterior e que no fim deste dormirei, como sempre, e acordarei cansado, exausto, como agora.
Olho para o quarto com aqueles olhos turvos e deturpados. Ponho os óculos, que passam minha visão gradativamete de turva e deteurpada para apenas deturpada.
Ando, na verdade perambulo, até o banheiro. Me esqueço o que vim fazer aqui. Quase urino nas calças. Lembro. Vou até o sanitário e faço as necessidades. Tento iniciar uma pequena trama de pensamentos que seja. Nada. Aperto o b0otão da cafeteira. Ela cai na pia. A recupero ao seu lugar original. Volto (perambulando) para o quarto. Visto as calças. Sento na cama. E, de repente, uma longa e viciante trama de pensamentos sobre o meu dia que vinha surge em minha mente. Começo a refletir sobre o que ocorrerá, penso no que aconteceu e no que pode acontecer. Sentar na cama é muito bom e de repente as costas gritam. Clamam. atraem cada molécula do tecido do colchão até mim. Me deito novamente. Aquele arrepio gostoso sobe pela espinha. Caio no sono. Sei que vou me atrasar, mas que se ferre. Minha mente voltou àquele estado de não conseguir emendar tramas muito longas. O negócio é o aqui e o agora. E nada mais.

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