COnfissões de um dia (in)comum

terça-feira, 7 de outubro de 2008

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"Thalita, substitui log de x por y, vai dar numa equação do 2º grau."
"Ok"
E só. Desci um pouco na cadeira. Era acolchoada. Estávamos no auditório. Teoricamente estávamos ensaiando para uma ceninha que o Djalma pediu. POrém Thalita fazia dever de matemática, Philipe tentava conquistar uma garota que toda vez que tentava lembrar do texto ria, a outra ria por conseqüência. Gustavo batucava no palco enlouquecidamente. Eu perdi o tesão pelo ensaio. Agora estava ali, do lado da Thalita, descendo na cadeira. Olhava para o palco e lembrava de algumas coisas. Primeiro o Djalma dizendo que o palco era um espaço sagrado (aquele mesmo espaço sagrado onde o Gustavo batucava, Philipe conquistava e as garotas riam descontroladamente), também das aulas do período passado com Aramis e seus "aya-pa-pás" que divertiam, descontraíam e acordavam o corpo e a boca. AO mesmo tempo lebrava da semana horrenda quew eu teria. aO mesmo tempo lembrava que eu estava ali, mas quase me esquecia. Desvencilhei minha mente daquele lugar para um auditório igual, porém vazio. Vazio à exceção da Thalita, ao meu lado, quieta com seus exercícios.
Eis que, do vazio, surge uma garrafa d'água. Não uma estática, onde Thalita pegaria, e beberia. Era uma outra. Em movimento retilíneo aparentemente uniforme em direção ao nariz da Thalita.
Este merece uma observação. Ele sempre atrai coisas. Desde bolas de handbol até garrafas.
Enfim, em menos de meio segundo no MEU auditório vazio surgiram pessoas no palco e a garrafa continuou. Não deu tempo de interceptá-la. Foi em cheio. Tum.
Thalita cai. Todos saem de suas posições para vê-la. Ela está caída no chão. Philipe desesperdao. Ele chutara a garrafa. Chego perto da Thalita. Seus olhos estão fechados. De súbito ela os abre.
"Puta que pariu detesto meu nariz!" Isso foi o que eu imaginei, mas...
Tum. O banco atrás da Thalita fica marcado com um círculo onde a garrafa atingira. Todos ficam por uns 2 segundos estáticos até Philipe dizer: "Desculpa".
Thalita olha, diz "Cara, se isso pegasse no meu rosto. Ia doer muito sério." Ela ri. Está tudo certo.
Ela está vermelha. Ela Sempre fica assim.
COntinuamos. EU canto uma música do Roupa Nova. Ela conhece. Depois todos vão embora. MEu tesão volta. Então eu e Thalita ensaiamos a tal ceninha.
É isso.

2 conselhos:

Thalita disse...

Detalhe é que o desespero com os exercícios de matemática eram tantos que eu nem me estressei.
Em outra oportunidade eu voaria pra cima do Phillippe e o faria engolir a tal garrafa.

Entende porque eu não gosto de Ed. Fisica. Eu atraio objetos voadores.. "/

beeijo :*

Arame disse...

Gracias pela parte que me toca!