sábado, 4 de outubro de 2008

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E éramos dois: eu e o vento. Ele me batia, ao mesmo tempo que acariciava como uma mulher delicada, me dava arrepios na espinha.
Sob minhas costas, porque estou deitado, apenas pedras frias, agora amornadas por meu calor e pequenas gramínulas que iam-se crescendo naquele pedaço plano de montanha, como crianças que agora eu protegia com meu corpo, esquentava no meu calor.
Sobre minha cabeça, gaivotas voam, descrevendo círculos, oitos e outros desenhos pelo ar. Acompanho com meus olhos seu movimento. Vez ou outra davam um mergulho, o que me fazia olhar para aquele lago mais embaixo.
E o lago, ah o lago. Cheio de água límpida, cheio de peixes, cheio de vida, cheio de natureza. Me bate uma vontade louca, uma vontade insana e perogosamente poderosa de dar um mergulho.
Quero descer a montanha. Dou uma última espriguiçada, respiro o ar puro das montanhas mais uma vez e desço em direção ao lago.

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