Olhar

quarta-feira, 30 de julho de 2008

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E lá vinham eles...
Eram dois...Castanho-escuros, penetrantes. Perfeitamente alinhados. Misteriosos. Podiam e sabiam muito bem esconder a personalidade de seu dono.
No caso, era suA donA.
Ela, por sua vez era alta, na verdade minha altura, morena, uma bunda grande, mas nada absurdo...Na verdade o tamanho era perfeito, o mesmo com os seios, nada bruto...Era perfeita.
Seus braços pareciam feitos de seda, delicados, quase angelicais...
As pernas faziam um balanço que atiçava qualquer ser vivente. E estas também eram perfeitas: grandes, ao mesmo tempo delicadas; balançantes, ao mesmo tempo sutis.
E sua presença era doce, quase diabética, porém, assim como o resto do corpo, sutil. Tanta sutileza que poderia parecer enfadonha era tão perfeita que não admitia tal sentimento.
E toda aquela perfeição viarava a esquina. No último instante, uma penetrante olhada com aqueles olhos castanhos.
Então meu olhar acompanha sua dona, sem vê-la, mas ainda assim tentando perfurar os muros que os separavam. Ando em direção à esquina. Quando vou me virar caio da cama.
A queda doeu bastante porque estava ereto e caiu de frente. Doem um pouco, mas só.
E fui remover a capa de ontem que cobria meu corpo com as gélidas águas matinais, pensando na tal dona do meu olhar.

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