Melancolia

segunda-feira, 2 de junho de 2008

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_E lembra daquele dia? QUe o pastor saiu da igreja, e a gente foi atrás dele?
_Lembro! Ele achou que a gente estava perseguindo ele! Foi muito engraçado...
_Acho que ele ficou nervoso sabe? Nunca mais foi o mesmo...
_Ai garota, pára de ser depressiva, até numa hora dessas...
_Geralmente numa hora dessas a pessoa realmente está melancólica, Lúcia!
_SIm, mas não você, olha, é difícil pra mim também. Acho até que é mais difícil pra mim do que pra você, mas combinamos que, se eu o fizesse, você ficaria feliz.
_Ok, Ok...
_Mas diga: E o Alberto?
_Foi trabalhar, daqui a pouco deve voltar. às vezes fico com pena dele, deve ser muito difícil passar pelo que ele vai passar... Mas eu tenho que pensar em mi primeiro...
_SIm, eu sei...
_Ele deve estar chegando em cabo de meia hora... Não tenho como descrever a sensação, é tudo muito diferente...
_Ih! Olha a melancolia aí! Espanta isso de você, vamos lembrar da Gilcéia!
_Hahaha Gilcéia, como esquecer aquela figura, lembra do bolo?
_Lembro, a tonta foi cortar o bolo, a faca ficou agarrada na mesa, e foi-se bolo, com mesa, com tudo...
_Ha...
_...
_...
_Você ainda está aí?
_SIm, sim, apenas...
_APenas se deixou levar pela maldita melancolia novamente!
_É inevitável...
_Claro que é totalmente evitável...Basta você ficar comigo e lembrar das coisas engraçadas... Daí não será tão difícil...
"Beng!"
_Júlia, chegou a hora, faltam cinco minutos para o meio dia. ALberto chega meio dia e dez.
_Claro, entendo...Você está com o que eu te mandei?
_SIm. Três comprimidos e ação imediata certo?
_Certo.
_Adeus amiga. Te adoro.
_Adeus. Vá em paz...
_...
_...
_...
_ Clac.
E feito, quinze minutos depois, Alberto chorava ao lado do corpo frio de Dulce.
No velório, lá estava Júlia. Ela sempre estava por perto.
Alberto chorava, Júlia consolava.
Alberto saiu de carro, Júlia foi atrás.
Ela sempre estava por perto.

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