Vida festiva

domingo, 29 de junho de 2008

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Nada como uma reuniãozinha familiar para alegrar aquela depressão de apertar o botãozinho da saída do estacionamento, só para falar com alguém. Nessas reuniões, que podem até começar desagradáveis, você inevitavelmente, por querer passar aos outros uma realidade que não existe no seu círculo familiar, ou porque você começa a sentir-se envergonhado de estar como uma ilha no meio daquele oceano de gente se abraçando, algumas verdadeiramente, algumas com sorriso de quem vai concorrer a miss, seja por qualquer motivo, você inevitavelmente sorri e acaba se levando por aquela pessoa que pergunta se está tudo ok, ou puxa um papo. E no fim, sua realidade fica tão distorcida por aquele clima festivo que você esquece de sua depressão e fica alegre, contente.
O problema é: a festa acaba. O salão evazia e, como de repente, aquele peso depressivo volta com força total em cima de nós. A realidade nos chama novamente, e talvez ficamos até piores do que quando entramos, e logo vem aquele desejo de nunca mais se alegrar, para não se decepcionar. E aí é que a porca torce o rabo: você pensa em nunca mais se alegrar, mas a alegria, como aquele bichinho, aquele carrapatinho sugador de trsiteza, vem e pica seu braço, e te contamina com o veneno. Eis o problema: sorrimos de novo.
E o que fazer? Se matar? Se isolar?
QUe tal aproveitar e manter aquele clima de festa por todo o dia? E depiois uma semana. COm um esforcinho a mais, conseguimos um mês, dois, três, cinco, dez, um ano. E aí mais um, e dpeois o outro e quem sabe a alegria não te contamina pela vida inteira?
Por que não?

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