Loiras

domingo, 29 de junho de 2008

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E lá ia ela, dobrando a esquina, seus cabelos loiros davam um "adeus" ao réris mortais que ficavam por trás.
Não são palavras de um admirador exclusivo de loiras, na verdade, prefiro as morenas. Repare bem: Não rejeito a loiras, apenas tenho preferência pelas morenas.
Resolvi seguir a loira, de longe, para que ela não percebesse. No meio do caminho, me perguntei: Por que estou seguindo esta loira. Por que esta loira em especial? Visto que só tinha percebido seus longos cabelos virarem a esquina?
Desacelerei de repente. A loira poderia me acusar de perseguição, e eu não poderia defender-me: era verdade.
VOltei à tona, saindo dosa meus devaneios e focalizando minha vista. Por um momento perdi a tal loira de vista, mas no momento seguinte já a encontrei: parada numa loja, observando à vitrine.
Decidi que daria em cima daquela loira, pelo menos para ver sua face, já que seus longos cabelos a estavam escondendo. Fui andando, meio devagar, pelo medo que sentia. E ela permanecia parada. COntinuei andando. Meu estômago dava voltas e voltas em minha barriga. Ela virou-se, mas permaneceu parada, falava ao celular. COntinuei andando. Sentia espasmos no braço e nos músculos da barriga. Ela tornou a observar os produtos à vitrine. Me aproximava, decidido, porém muito tenso. Agora uma dor de cabeça dos infernos. Eis que surge, sabe Deus de onde, um homem, aparentemente um metro e setenta e três, meio moreno, cabelos curtos, corpo de academia. A loira dá-lhe um beijo. Amaldiçôo esta maldita criatura que se pôs no meu lugar ao lado da minha adorada: tomara que seja um travesti.
Virei, não queria mais saber. Desmaiei. A tensão fora demais. Não agüentei.

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