Sumiço das Garras

terça-feira, 10 de junho de 2008

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E, aproveitando a idéia da Thalita de postar, em seu blog, sua teoria sobre o sumiço das garras, aqui vou eu.

E naquele dia tudo eram flores. Aromas exalavam pelas janelas do laboratório de orgânica. Sim, as flores referem-se a esses aromas.
Flores criam em nossas mentes uma sensação de coisas cheirosas, doçura. Mas poucos recordam que flores apodrecem, morrem e são decompostas. Sim, naquele dia tudo eram flores decompostas no laboratório de orgânica. O sulfeto de hidrogênio escapava em abundância das janelas e portas deste laboratório. O cheiro impregnava toda a escola, inclusive, ora, o segundo andar. Sim, o segundo andar onde, na sala 201 reside o atual laboratório de química geral e inorgânica. Sim, naquele laboratório onde calouros e veteranos se encontram com sede de saber. Ou talvez nem tanta. E na verdade nem se encontram, já que os horários alternam.
Continuando, havia neste laboratório uma pequena população (para quem não sabe população é o conjunto de organismos da mesma espécie, já dizia a professora Dóris.) de garras. Sim, garras de laboratório, infelizes e cansadas por sua posição de garras de laboratório de química geral, já que nós, iniciantes, não as manuseamos bem. Viviam ali, cansadas e saturadas de ficarem segurando filtros para bobas filtragens. Queriam ação. Imediatamente. Eis que surge o sulfeto de hidrogênio. Sim, aquele mesmo sulfeto com cheiro de ovos podres. E estava feito o plano das garras. Mudar-se-iam para o laboratório do 3º andar, o laboratório de química orgânica.
À noite, após a saída do turno noturno, por meio de reações químicas e movimentos amebóides, as garras mudaram-se para o laboratório do 3º andar. A demora para subirem as escadas foi de 3 horas. Chegando lá, difundiram para o lúmen do laboratório de orgânica. Estava tudo feito, viveriam na mão de experientes alunos de, no mínimo, terceiro período. Estaca tudo certo, não fosse por uma coisa. Os instrumentos do laboratório de orgânica foram sinalizados da presença estranha ali. Era hora da checagem.
De supetão, todos os instrumentos e reagentes do laboratório de orgânica cercaram as pobres e inexperientes garras. Acuadas e sem escapatória, deram um último suspiro de esperança, tentaram uma fissão nuclear, algo que as ajudasse, em número. Depois deste tolo e inútil esforço, deram-se por vencidas e deixaram que o plano seguisse. O xerife Carbono pegou as garras e as levou para dentro de suas cadeias.
Este é o apelo de um aluno que necessita das garras. Desenvolvi esta teoria, tenho bases científicas, estou quase provando. Só falta acordar. Por enquanto, abram as cadeias carbônicas!

1 conselhos:

Arame disse...

Éste blguito tá ficando mais esperto ou é impressão minha?