Eco, oco, poeta

sábado, 30 de maio de 2009

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Escrevo sob forma de um poema
Pois é desta que a dor se transmite
A dor do poeta que fica nas linhas
A dor, ou o poeta é quem fica?

EM meu caso, espero que um pouco
Do sofrer passe pra você, sob forma
De emoção, porque agora, que
Nada me resta, espero viver eternamente
Neste mesmo papel.

Me perguntas por quê? Te respondo, pronto:
Sofro porque amo, sofro de amor
Sofro de amor unidirecional, incorrespondido.
Sofro, amor, de um belo mal, letal.

Linda era a ruiva que capturou
A flecha disparada por meu coração,
Num local ocasional, minha epifania
Ocorre e, de posse do meu amor, a bela
Ignorou-me, nem ao menos me usou.
Ah, pobre alma de amor faltosa.
Oh, amor, nobre sentimento de vis humanos.
AH, desgraça de uma alma desalmada,
Um eco, oco, vazio por assim estar.

Mas, eis que o destino, menino travesso,
Por essa não deixou: fez a Linda
Meu amor aos corvos atirar,
E nos braços de um outro qualquer
Cair, beijar e amar.

Dor que supera a dor!
Sofrimento infindo!
Alma desgraçada!
Eco, oco, vazio.

Aqui estou, então, escrevendo
O fim da triste história:
De uma bela Linda,
De um hgomem qualquer,
E este vil miserável cujos
Dedos estas linhas correm
Pela última vez, o sentir.
Antes de um fim à epopéia impor,
Um tiro, um baque, um eco,
Eco, oco, nada.

1 conselhos:

Vargas disse...

que tristeza é o amor incorrespondido, não?

Dor maior não há.... nem pedra nos rins!