Relvado

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

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E sigo andando por aquele campo, olhando para o infindável horizonte, o vasto mar ao meu lado, o vento ao meu redor, beijando-me as faces.
Sem força, dada a velocidade, faço as rodas, abaixo de mim, da bicicleta girarem, num ritmo forte, rápido, calmo, sereno e tranqüilo, condizente com meu estado de espírito.
Olho para o lado, o vento que me beija, lambe o relvado ao meu lado, e do outro acaricia a alta vegetação que cresce no terreno alagadiço, é época de cheia, que encheu a paisagem que hoje enche meus olhos.
As rodas giram, tão qual meus pensamentos, estes em minha cabeça.
Desejaria de todo o coração que o mundo fosse aquilo, que essa natureza fosse acessível a todos, ao mundo inteirinho! Que no lugar da selva de pedra, entrassem casinhas entrecortadas pela vegetação; que ao invés do falatório cotidiano coevo, viesse o murmúrio das ondas no mar; que no lugar das imensas ruas asfaltadas, tivéssemos a estrada de barro compacto na qual as rodas da bicicleta, que poderia substituir os carros, agora faziam carinho.
E nisso penso, enquanto adentro o mar, dou um mergulho e lavo minh'alma, deixando pra trás os problemas, os pensamentos e eventuais quizilas.

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