Jubas - II

sexta-feira, 3 de abril de 2009

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Estava simplesmente dona Margéia! No susto, e simplesmente morrendo de nojo, o jovem Jack joga dona Margéia para o lado.
Foi, talvez, a pior coisa que poderia ter feito: a velha voou até a cabeceira da cama, bateu com a cabeça e começou a sangrar intensamente.
Desesperado, sem saber o que fazer, Jack decide que o melhor é simplesmente fugir, correr dali. Mas isso estragaria completamente seus planos. Não poderia fugir. Tinha de ficar.
Tentando conter seu nervosismo crescente, Jack dá um grito ensurdecedor!
Quando Górdon e Ana chegaram ao seu quarto (com mãoes à boca), Jack lhes falou:
"Acho que ainda está viva. Só me lembro de ouvir um grande barulho e depois a dona estava aí, caída."
Górdon acreditou, o mesmo fez Ana. Jack sorriu por dentro.
Juntos, os três a puseram em cima da cama, tentaram conter o sangramento e ligaram, para o posto de saúde.
Passou meia hora, e depois, se sobrepondo à penunmbra que entrava pelas janelas, veio um luz ofuscante, seguida de perto por um grupo de homens que adentravam o quarto, apressadamente.
"Pronto", pensou Jack, "TUdo pronto. A velha fica bem, e eu também."
Não se contendo, um riso escapa pelo seu semblante, que não foi percebido por ninguém.
E assim, foram todos para o hospital. Repetiram a inverdade para o médico de plantão, que acreditou assim como Górdon e Ana, e este logo solucionou o problema de dona Margéia.
No entanto, a pobre dona teria de ficar alguns meses em obsevação no hospital.
Dois dias depois, os três foram visitar Margéia, deitada num canto da enfermaria, clara e reluzente, completamente branca. Não a dona, a enfermaria.
Então dona Margéia, após ouvir todo um sermão de Ana, pontuado por ligeiros "é"s e acenos de cabeça de Górdon, sobre não adentrar no quarto dos outros, não sair andando pela noite, a idade não mais permitia, etc, etc e etc; pediu para ficar a sós com cada um dos três.
A primeira foi Ana, que, 3 minutos depois saiu da enfermaria enraivecida, e foi embora.
Logo a seguir veio Górdon. 4 minutos depois, este chama Jack.
Os dois entram na enfermaria, estacam à frente de dona Margéia. A senhora levanta da cama, e com surpreendente vivacidade para uma senhora tão idosa (e em tais condições), diz:
"Tu, Górdon, tú és um paspalho! Simplesmente tu não és homem, és um fraco, imbecil, néscio e frouxo! Eu disse frouxo! Não suporto mais! Desde ops trinta anos que tu vens negando fogo! Eu tenho que me virar com viajantes ocasionais que aparecem na cidade, se nada acontece, o que tenho de fazer? Me virar o marido das outras! Cansei!!!!!!! Quero um homem de verdade."
Súbito, jogou-se nos braços de Jack que, estranhamente, não esboçou um movimento de fuga. Aceitou naturalmente o fato.
Chorando, Górdon saiu da enfermaria.
Jack e Margéia se mudaram, uma semana depois para o centro da cidade, onde viveram felizes ate um fatídico dia: Dona Margéia falece. Jack, ganha uma herança de 800 mil euros, que seria, até o dia em que Jack arremessou Margéia na cama, legada integralmente à Ana.
Os motivos?
Dona Margéia era (sado)masoquista e sentia-se absurdamente realizada em bater nos outros com a vara de goiabeira. Jack também.

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