Mudança de planos

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

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Maria era moça recalcada, com seus 20 anos ainda não havia maculado seu corpo com impurezas fluídicas humanas. EM suma, virgem. COnheceu Antônio numa noite num barzinho da sona Sul, se beijaram, mas disseram tchaus e não foram pra cama, no fim.
Antônio era moço direito: tinha estudo superior, trabalho fixo e casa própria, além de um carro decente. Sua casa era limpa, assim como ele: não era doente, tinha aparência saudável, era até bonito. O mesmo de Maria. Mas esta ainda morava com a mãe que, quando soube de seu caso com Antônio quase deu pulinhos de alegria.
Dona Sônia (sogra de antônio), depois de centenas de beijos, abraços e chamegos em Maria, correu a contar o fato para a empregada e amiga da família. Gritinhos pra lá, apertos pra cá, "nossa até ontem ela brincava de boneca" pra acolá e o caso parou na mão ferrenha de Delegado Bonsoir. Não, não houve nenhum homicídio, este era pai de Maria.
Dlg. Bonsoir era cabra macho: forte, mãos grandes, bigode, paletó e gravata foram parar na porta da casa de Antônio. Este, ao atender a porta se surpeendeu com uma pistola apontada pro seu peito.
"Sente-se"
Depois de engolir o orgulho de estar recebendo ordens dentro de sua própria casa (pensando em Maria), Antônio se sentou em seu sofá. Dlg. Bonsoir teve uma longa, desconfortável e abusiva conversa com Antônio. O delegado pareceu decidido a acreditar que o rapaz tinha algum defeito. Mas não conseguia encontrá-lo. Decidiu então, checar se o rapaz poderia defender sua filha. Entregou a ele um ovo e disse pra se defender de seu ataque sem quebrar o tal.
Era tiro pra todo lado. Antônio, desesperado, correu pra todo canto, atrás de sofás, mesas, bancadas, achando que seu sogro enlouquecera. Então, sem querer, ao cair ao lado de um sofá, Antônio quebrou o tal ovo.
Pra que.
Bonsoir, desculpe, Delegado Bonsoir parecia realmente acreditar, agopra, que o ovo era Maria, porque se enfureceu de tal modo que sua cara tornou-se púrupura e ele atirou bem no peito desarmado e indefeso de ANtônio. Este caiu...Não, perai...não, definitivamente...
Esquece Antônio. O cara era Marcos, chefe da boca da favela próxima a casa de Maria, prostituta. Marcos, depois de engravidar Maria e Dona Sônia, viu-se fugindo do Delegado Bonsoir, que queria matá-lo a todo custo. Passou um rádio "pros cara", que vieram em seu auxílio. Morreu o delegado e Marcos, Maria e Dona Sônia, que além de mãe era cafetina de Maria, viveram felizes para sempre. Bom, até a polícia invadir o bordel e matar todo mundo lá dentro. Todos exceto Maria, que foi viver com o chefe de Polícia, teve filhos e deu o golpe do baú.

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