Randomicidade manipulada

segunda-feira, 12 de julho de 2010

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Desde que o mundo se conhece por mundo, as pessoas, em face ao inexplicável, ou admitem a ignorância ou criam entidades religiosas que, detendo todo um poder,não respondem dentro de uma lógica racional e, logo, oferecem uma explicação para o inexplicável. Ou os dois. Em geral, os primeiros são aqueles que tendem a racionalizar a natureza pura e unicamente sob os princípios da razão e da lógica; enquanto os segundos são aqueles que abrem mão de qualquer tentativa de explicação racional para os fatos da vida, entregando tudo às responsabilidades superiores de um ser místico. O problema, é que, em geral, generalizar implica aproximações que nem sempre são tão válidas assim.
Cada dia mais, cresce o número de pessoas "na berlinda", ou seja, religiosos cientistas, ou cientistas religiosos. (Sim, é muito legal ver como as palavras "cientistas" e religiosos" mudam ora de substantivo, ora adjetivo, eu sei) Cada vez mais, esses dois impérios a princípio distintos e heterogêneos, tendem a unir-se, seja sob uma ótica mais científica, das ciências quânticas, seja por uma ótica mais mística. De um jeito ou de outro, ambos falam exatamente da mesma coisa (e, aliás, os seres humanso tem um problema em reconhecer coisas que, por meios distintos, falam a mesma coisa, qualquer dia escrevo sobre essa discussão no assunto religioso): é possível unir ciência e religião.
Encontro-me exatamente no meio dessas duas forças (aliás, minha vida vem se encontrando no meio de campos de batalha que não me pertencem, fico sempre no meio, na linha de tiro de duas opções imiscíveis, porque, da mesma forma, não conseguem enchergar a maneira de unirem-se, as duas): a ciência e a religião. Acredito no seguinte, na verdade é algo bem simples: a ciência nos diz que os eventos estão sujeitos às probabilidades randômicas, ao acaso, que toda escolha implica a divisão em diversos mundos, cpm diferentes expressões na ressonância total do sistema: o que chamamos de realidade. OK, acredito nisso sim senhor. Mas, quem é que me garante que não tme alguém, ou alguéns, com maior ou menor intensidade, controlando esse acaso? Será que ao jogar um dado para cima, não teve alguma entidade mística que controlou, manipulou meu resultado "randômico"? E da mesma forma, saindo desse exemplo banal, ao ficarmos extremamente doentes, um caso ainda não previsto pela ciência e, de repente, nos curarmos pois nosso pâncreas expeliu uma quantidade anormal de enzimas que atacou as células reponsáveis pela anomalia, será que esse evento, totalmente aleatório não foi, na verdade controlado por alguém?
Aì, meu amigo, chame esse alguém de Jesus, Buda, Deus, Zambi, Shiva, Oxalá, Messias, Javé ou preto-velho! Ele existe, ou pelo menso eua credito que esse alguén (ou alguéns) existem. Tenho lá minhas preferências sobre como vou chamá-lo, mas sabe o seu Deus? Sabe seu Buda? è, eu acho que eles são irmãos. E assim eu vou, entre parênteses extensos e apostos engraçadinhos, trilhando o rumo da minha vida meio torta, mas, garanto, feliz.

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